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Brexit: cadê o tsunami?

A previsão era de que o Reino Unido ia encarar as trevas após o Brexit, o referendo em que se decidiu pela saída da União Europeia, mas a tormenta ainda não chegou nem perto da economia britânica. Nesta quarta-feira, o país deve apresentar um crescimento de 2,2% no PIB em 2016, superando as expectativas de […]

LONDRES: economia britânica surpreende analistas e é considerada “resiliente” / Jack Taylor/ Getty Images
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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 06h38.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h39.

A previsão era de que o Reino Unido ia encarar as trevas após o Brexit, o referendo em que se decidiu pela saída da União Europeia, mas a tormenta ainda não chegou nem perto da economia britânica. Nesta quarta-feira, o país deve apresentar um crescimento de 2,2% no PIB em 2016, superando as expectativas de 2,1% dos analistas. No quarto trimestre, o resultado também deve ser positivo: 0,6%, mantendo o ritmo dos dois trimestres anteriores.

Os britânicos, se confirmadas as previsões, terminaram o ano melhor do que a média dos países desenvolvidos. Dentre os países da OCDE, a economia desacelerou nos últimos três meses do ano, apresentando 0,4% de crescimento no PIB, ante 0,5% marcados entre julho  e setembro. Nos Estados Unidos, a desaceleração foi bem significativa: o país passou de 0,9% no terceiro trimestre para 0,4% no quarto.

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A boa onda no Reino Unido foi motivada por um aumento na produção, impulsionada especialmente por construção civil, indústria e ampliação no fornecimento de serviços públicos, como água, gás e luz. A empresa de informações financeiras Markit afirma que os resultados deixaram os economistas “confusos” e que a “resiliência” da economia tem “desafiado as previsões”. Até as expectativas para 2017 melhoraram. A consultoria EY previa um crescimento de 0,8% para este ano, mas aponta uma alta de 1,7% no PIB. Se é ou não o começo de uma tendência de arrefecimento do PIB, ninguém se arrisca a prever.

Se o Brexit trouxe uma mudança para a economia britânica, foi a desvalorização da libra, queperdeu 33% frente ao dólar de junho para cá. De acordo com as previsões da EY, a expectativa é de que, com a moeda mais fraca, a estagnação da renda e a estabilização do emprego, o Reino Unido passe a ser menos dependente do consumo e se volte mais para o comércio. Assim, as exportações devem crescer 3,3% este ano e 5,2% em 2018. O isolamento que o Brexit traria, portanto, também deve passar longe da Grã-Bretanha.

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