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Brasileiros se preocupam com desperdício de alimentos

De acordo com estudo, a maioria dos brasileiros se preocupa com a quantidade de comida desperdiçada e considera relevante o descarte sustentável dos resíduos produzidos

No Brasil, aproximadamente 64% do que se planta é perdido ao longo da cadeia produtiva e 20% do total é descartado durante ou após o processamento culinário (Edi Vasconcelos/NOVA ESCOLA)
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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2011 às 08h50.

São paulo - O Brasil é o país que mais se preocupa com o desperdício de alimentos no mundo, conforme aponta a World Menu Report, pesquisa realizada pela Unilever Food Solutions – divisão da multinacional que se dedica a atender o mercado de alimentação fora do lar – com quatro mil entrevistados de oito países (Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, Polônia, Reino Unido, Rússia e Turquia).

De acordo com o estudo, que está em sua segunda edição, a maioria dos brasileiros (96%) se preocupa com a quantidade de comida desperdiçada e considera relevante o descarte sustentável dos resíduos produzidos em restaurantes, lanchonetes e outros estabelecimentos do setor.

“As pessoas realmente se importam com o desperdício de alimentos, mas me impressiona observar como se interessam pelo assunto quando comem fora de casa. Esse é um grande alerta para o mercado da alimentação profissional”, afirma Jonathan Porrit, fundador do Forum for the Future e especialista em sustentabilidade, que analisou os resultados da pesquisa.

Hoje, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de um terço dos alimentos produzidos no mundo vai para o lixo. No Brasil, aproximadamente 64% do que se planta é perdido ao longo da cadeia produtiva e 20% do total é descartado durante ou após o processamento culinário.

Globalmente, a quantidade de comida descartada nas refeições feitas fora de casa é considerada relevante para cerca de 70% do total de entrevistados. Essa preocupação, no entanto, é mais comum entre habitantes de países emergentes. Além de Brasil, Turquia (92%) e China (91%) também estão entre os países que mais citaram o problema, aponta a pesquisa. Norte-americanos (79%), alemães (77%) e russos (69%) demonstram menos interesse pela questão, embora os números sejam elevados.

Curiosamente, os países em desenvolvimento são os mais dispostos a pagar mais por refeições feitas em restaurantes sustentáveis. Chineses (81%), turcos (79%) e brasileiros (68%) novamente se destacam nesse quesito.


De acordo com a chef executiva da Unilever Food Solutions, Flavia Barretto, a sustentabilidade nas cozinhas é vantajosa tanto para os proprietários dos estabelecimentos quanto para a sociedade. “Como chef, aplicar medidas amigáveis ao meio ambiente em nossas cozinhas é uma necessidade. Usar métodos mais sustentáveis oferece alguns benefícios como a redução do desperdício de comida e de energia, possibilidade de aumento da eficiência operacional, além de possíveis ganhos financeiros”, defende.

O vice-presidente da Unilever Food Solutions para o sul da América Latina, Ricardo Marques, acredita que a indústria alimentícia também deve assumir sua responsabilidade na diminuição dos resíduos na cadeia de food service e adotar processos mais sustentáveis. “Nós, da Unilever, já implementamos ações para aperfeiçoar nossas práticas, que são reportadas anualmente em um relatório. No entanto, é fundamental que todos os integrantes da cadeia aumentem a transparência em relação à sustentabilidade em seu dia a dia, comunicando aos seus clientes suas ações”.

A companhia também se preocupa em ajudar os operadores a resolver a questão da geração de resíduos nas cozinhas profissionais. Nesse sentido, diversas soluções são oferecidas pela empresa.

“Pesquisas recentes comprovam que uma grande proporção do desperdício de alimentos é gerada na fase de preparo culinário. Portanto, temos um papel importante em contribuir para que chefs e estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar consigam diminuir a quantidade de comida jogada fora”, afirma o executivo.

De mesma forma, outras ações da divisão visam colaborar com a preservação do planeta. Em 2011, os produtos da linha Carte D’Or ganharam novas embalagens, mais práticas e ecológicas, que reduziram bastante o consumo de papelão, utilizado nos modelos antigos. “Nossa missão é minimizar o impacto ambiental de nossos produtos com uma série de pequenas ações que podem fazer toda diferença”, conclui o executivo.

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São paulo - O Brasil é o país que mais se preocupa com o desperdício de alimentos no mundo, conforme aponta a World Menu Report, pesquisa realizada pela Unilever Food Solutions – divisão da multinacional que se dedica a atender o mercado de alimentação fora do lar – com quatro mil entrevistados de oito países (Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, Polônia, Reino Unido, Rússia e Turquia).

De acordo com o estudo, que está em sua segunda edição, a maioria dos brasileiros (96%) se preocupa com a quantidade de comida desperdiçada e considera relevante o descarte sustentável dos resíduos produzidos em restaurantes, lanchonetes e outros estabelecimentos do setor.

“As pessoas realmente se importam com o desperdício de alimentos, mas me impressiona observar como se interessam pelo assunto quando comem fora de casa. Esse é um grande alerta para o mercado da alimentação profissional”, afirma Jonathan Porrit, fundador do Forum for the Future e especialista em sustentabilidade, que analisou os resultados da pesquisa.

Hoje, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de um terço dos alimentos produzidos no mundo vai para o lixo. No Brasil, aproximadamente 64% do que se planta é perdido ao longo da cadeia produtiva e 20% do total é descartado durante ou após o processamento culinário.

Globalmente, a quantidade de comida descartada nas refeições feitas fora de casa é considerada relevante para cerca de 70% do total de entrevistados. Essa preocupação, no entanto, é mais comum entre habitantes de países emergentes. Além de Brasil, Turquia (92%) e China (91%) também estão entre os países que mais citaram o problema, aponta a pesquisa. Norte-americanos (79%), alemães (77%) e russos (69%) demonstram menos interesse pela questão, embora os números sejam elevados.

Curiosamente, os países em desenvolvimento são os mais dispostos a pagar mais por refeições feitas em restaurantes sustentáveis. Chineses (81%), turcos (79%) e brasileiros (68%) novamente se destacam nesse quesito.


De acordo com a chef executiva da Unilever Food Solutions, Flavia Barretto, a sustentabilidade nas cozinhas é vantajosa tanto para os proprietários dos estabelecimentos quanto para a sociedade. “Como chef, aplicar medidas amigáveis ao meio ambiente em nossas cozinhas é uma necessidade. Usar métodos mais sustentáveis oferece alguns benefícios como a redução do desperdício de comida e de energia, possibilidade de aumento da eficiência operacional, além de possíveis ganhos financeiros”, defende.

O vice-presidente da Unilever Food Solutions para o sul da América Latina, Ricardo Marques, acredita que a indústria alimentícia também deve assumir sua responsabilidade na diminuição dos resíduos na cadeia de food service e adotar processos mais sustentáveis. “Nós, da Unilever, já implementamos ações para aperfeiçoar nossas práticas, que são reportadas anualmente em um relatório. No entanto, é fundamental que todos os integrantes da cadeia aumentem a transparência em relação à sustentabilidade em seu dia a dia, comunicando aos seus clientes suas ações”.

A companhia também se preocupa em ajudar os operadores a resolver a questão da geração de resíduos nas cozinhas profissionais. Nesse sentido, diversas soluções são oferecidas pela empresa.

“Pesquisas recentes comprovam que uma grande proporção do desperdício de alimentos é gerada na fase de preparo culinário. Portanto, temos um papel importante em contribuir para que chefs e estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar consigam diminuir a quantidade de comida jogada fora”, afirma o executivo.

De mesma forma, outras ações da divisão visam colaborar com a preservação do planeta. Em 2011, os produtos da linha Carte D’Or ganharam novas embalagens, mais práticas e ecológicas, que reduziram bastante o consumo de papelão, utilizado nos modelos antigos. “Nossa missão é minimizar o impacto ambiental de nossos produtos com uma série de pequenas ações que podem fazer toda diferença”, conclui o executivo.

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