Mundo

Brasileiro é detido por chacina de oito pessoas na Venezuela

Procurador-geral venezuelano afirma que o brasileiro faz parte de grupo armado que tentava "tomar" um povoado indígena

Procurador-geral da Venezuela: Tarek William Saab deu informações sobre a detenção dos suspeitos (Foto/AFP)

Procurador-geral da Venezuela: Tarek William Saab deu informações sobre a detenção dos suspeitos (Foto/AFP)

A

AFP

Publicado em 5 de dezembro de 2019 às 20h27.

Um brasileiro foi detido por suposta participação na chacina de oito pessoas em 22 de novembro na conflituosa região mineradora do sul da Venezuela, anunciou nesta quinta-feira (5) o procurador-geral Tarek William Saab.

O estrangeiro, detido "nas últimas horas", pertence a um grupo de um total de oito capturados por causa da chacina em que morreram, entre outros, um militar e um menor de 17 anos, disse Saab em coletiva de imprensa.

Segundo ele, os suspeitos pertenceriam a um grupo armado que tentava "tomar" o remoto povoado indígena de Ikabarú (Bolívar, fronteiriço com o Brasil) para "explorar de forma ilegal o minério de ouro".

No entanto, o dirigente indígena Ricardo Delgado, ex-prefeito do município de Gran Sabana, onde fica Ikabarú, denunciou no Twitter a detenção ilegal de duas pessoas cujos nomes coincidem com os informados pela procuradoria, mas que segundo ele nada têm a ver com o ataque.

Delgado assegura que um dos detidos é um homem que ficou ferido durante os fatos.

Saab informou que os pistoleiros abriram fogo, sem dizer palavra, na direção de um grupo de pessoas que se encontrava em uma venda de bebidas alcoólicas e que as autoridades policiais e militares estão seguindo a pista do chefe da organização.

A chacina ocorreu em uma das principais zonas turísticas do país petroleiro, onde fica o Salto Ángel, a cachoeira mais alta do mundo (979 metros).

Bolívar foi o cenário de vários atos de violência nos últimos anos, com dezenas de mortos, razão pela qual o controle de ricas jazidas de ouro no Arco Minerador do Orinoco, um vasto território que o governo explora com empresas multinacionais.

Acompanhe tudo sobre:CrimeVenezuela

Mais de Mundo

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais

Conselho da Europa pede que países adotem noção de consentimento nas definições de estupro

Tesla reduz preços e desafia montadoras no mercado automotivo chinês