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Brasil vê "boas perspectivas" em negociações sobre o Protocolo de Kioto

A ministra do Meio Ambiente brasileira, Izabella Teixeira, sustentou que ainda é preciso "trabalhar duro nos próximos dois dias" para tentar destravar nós na COP16

Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente: é preciso trabalhar duro nos próximos dias (Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL)

Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente: é preciso trabalhar duro nos próximos dias (Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2010 às 05h55.

Cancún - O Brasil manifestou que vê "boas perspectivas" nas negociações sobre o futuro do Protocolo de Kioto, as mais duras conversas da Cúpula de Mudança Climática de Cancún, onde o país atua como facilitador junto com o Reino Unido.

Em entrevista coletiva, a ministra do Meio Ambiente brasileira, Izabella Teixeira, sustentou que ainda é preciso "trabalhar duro nos próximos dois dias" para tentar chegar a compromissos em um assunto que ameaça bloquear outros acordos na reunião climática.

Acompanhada do negociador-chefe brasileiro na 16ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudança Climática (COP-16), Luiz Alberto Figueiredo, a ministra disse que a negociação entrou em um "processo político" à frente do qual estão os ministros e no qual se trabalha "para ter bons resultados".

A COP-16 será concluída em 10 de dezembro, quando se saberá se vai haver ou não uma segunda fase do Protocolo de Kioto após 2012, algo ao que o Japão se opõe.

Já no primeiro dia de trabalhos da COP-16 o Japão indicou que não promoveria uma extensão do tratado, o único vinculativo sobre mudança climática que existe.

O país asiático acredita que é o momento de buscar um acordo global e vinculativo que inclua os países que mais poluem, Estados Unidos e China, que não sofrem obrigações pelo Protocolo de Kioto.

A meta japonesa parece muito distante em Cancún, já que implicaria que EUA e China, com 19% e 22% das emissões respectivamente, assumissem compromissos vinculativos com cortes de emissões em linha com os 37 países sob influência do tratado.

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