Brasil terá papel-chave em negociações climáticas, diz Casa Branca
Porta-voz evitou responder a questões sobre possíveis represálias ao país por causa do desmatamento na Amazônia
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de janeiro de 2021 às 19h18.
Última atualização em 28 de janeiro de 2021 às 19h35.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou nesta quinta-feira, 28, que o Brasil será "um parceiro fundamental" no combate à crise climática, mas evitou responder a questões sobre possíveis represálias ao país por causa do desmatamento na Amazônia . Durante uma coletiva de imprensa, a assessora do presidente Joe Biden reforçou que a questão ambiental será prioridade para o novo governo.
Nesta quarta-feira, 27, Biden assinou uma série de decretos voltados para o combate à crise climática. Dentre os principais anúncios está a convocação de uma cúpula global sobre o clima para 22 de abril, data em que é celebrado o Dia da Terra.
Ao ser questionada se os Estados Unidos convidarão o presidente Jair Bolsonaro para a cúpula, a porta-voz da Casa Branca respondeu que nenhum convite foi feito até agora.
Em resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de Biden visitar o Brasil, Psaki disse que o novo chefe da Casa Branca ainda não planejou nenhuma viagem internacional.
Em carta enviada a Biden em 20 de janeiro, dia da posse do democrata, Bolsonaro disse estar pronto para continuar a parceria com os Estados Unidos na questão ambiental.
"Estamos prontos, ademais, a continuar nossa parceria em prol do desenvolvimento sustentável e da proteção do meio ambiente, em especial a Amazônia, com base em nosso Diálogo Ambiental, recém-inaugurado", escreveu o presidente brasileiro.
Durante a campanha eleitoral de 2020, Biden chegou a sugerir que poderia aplicar sanções ao Brasil por causa do desmatamento na Amazônia. A vice-presidente americana, Kamala Harris, também já criticou o política ambiental do governo Bolsonaro.