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Brasil supera EUA em influência no mundo, diz pesquisa da BBC

Avaliação positiva chegou a 49%, garantindo ao Brasil o 7º lugar no ranking

Brasil sobe no ranking sobre influência; apenas a Alemanha avalia negativamente o país (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 15h28.

São Paulo – O Brasil deu um enorme salto e superou os Estados Unidos em uma pesquisa anual do Serviço Mundial da BBC sobre a influência no mundo. O levantamento, coordenado pelo instituto de pesquisas GlobeScan e pelo Programa de Atitudes em Política Internacional (PIPA, na sigla em inglês) da Universidade de Maryland (EUA), foi divulgado nesta segunda-feira (7).

As avaliações positivas sobre a influência do Brasil no mundo tiveram o maior salto entre os países pesquisados, pulando, na média, de 40% para 49%, mesmo percentual obtido pelos Estados Unidos. Como o percentual negativo do Brasil (20%) é inferior ao dos Estados Unidos (31%), nós superamos os americanos no critério de desempate.

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As entrevistas foram feitas pessoalmente ou por telefone entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2011 em 27 países, mas apenas 16 nações e a União Europeia são avaliadas. No ranking, a Alemanha lidera e o Brasil ocupa a 7ª posição ( veja quadro abaixo ).

Segundo a BBC Brasil, entre os fatores que influenciaram positivamente a avaliação do país estão a diplomacia brasileira, a popularidade do ex-presidente Lula e a atuação de empresas e ONGs brasileiras no exterior. O bom desempenho da economia brasileira durante a crise econômica também ajudou.

Portugal é o país que confere ao Brasil o maior percentual de influência positiva no mundo: 76% dos entevistados. O menor percentual veio do Paquistão (21%), mas é importante salientar que apenas 14% dos paquistaneses tiveram uma avaliação negativa sobre o Brasil. Portanto, restaram 65% de entrevistados no Paquistão que foram neutros ou não souberam responder. A explicação mais provável para esse percentual elevado é a falta de informações sobre o Brasil no Paquistão.

A Alemanha foi o único país que conferiu ao Brasil avaliação negativa (32%) maior do que a positiva (31%). Curiosamente, a China, que já é o maior parceiro comercial do Brasil, foi o país que mais reduziu o índice positivo (de 55%, em 2010, para 45%, em 2011) e o que mais aumentou o negativo (de 12%, em 2010, para 41%, em 2011).

Fonte: BBC/GlobeScan/PIPA
PosiçãoPaíses/RegiãoPositivoNeutro*Negativo
Alemanha62%23%15%
Reino Unido58%25%17%
Canadá57%31%12%
União Europeia57%25%18%
Japão57%23%20%
França52%29%19%
Brasil49%31%20%
Estados Unidos49%20%31%
China44%18%38%
10ºÁfrica do Sul42%31%27%
11ºÍndia42%29%29%
12ºCoreia do Sul36%32%32%
13ºRússia34%28%38%
14ºIsrael21%30%49%
15ºPaquistão17%27%56%
16ºCoreia do Norte16%29%55%
17ºIrã16%25%59%

* a coluna Neutro inclui as pessoas que não souberam responder

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