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Brasil só apoia intervenção internacional na Líbia com aval da ONU, diz Patriota

Parte da comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e França, defende a intervenção ou exclusão aérea

Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores: indianos defendem a mesma posição que os brasileiros quanto á intervenção (Antônio Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2011 às 12h07.

Brasília – Em viagem à Índia e ao Sri Lanka, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ratificou hoje (6) que o Brasil só apoiará uma intervenção internacional na Líbia se houver o aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O porta-voz do Itamaraty, Tovar Nunes, que acompanha Patriota, disse ainda à Agência Brasil que o assessor de Segurança Nacional da Índia, Shivshankar Menon, afirmou que os indianos também têm a mesma posição brasileira.

Parte da comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e França, defende a intervenção ou exclusão aérea – que determina que o espaço aéreo líbio fique sob supervisão de militares estrangeiros – para pressionar a renúncia do presidente da Líbia, Muammar Khadafi. No entanto, Brasil e Índia só chancelam a proposta em meio à decisão do Conselho de Segurança Nacional.

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Na visita a Nova Delhi, Patriota conversou também com o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, S. M. Krishna, que reiterou que, a exemplo do Brasil, a Índia é defensora da ampliação do Conselho de Segurança para que brasileiros e indianos também integrem o órgão. Ambos se comprometeram a intensificar as articulações sobre o assunto.

As conversas sobre a reforma do Conselho de Segurança e o incremento das relações comerciais na região fazem parte da 7ª Reunião da Comissão Mista Ministerial do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas), marcada para este ano.

O Brasil é o maior parceiro comercial da Índia na América Latina, sendo que os indianos são o 4º maior parceiro comercial dos brasileiros na Ásia - depois de China, Japão e Coreia do Sul. O intercâmbio comercial entre o Brasil e a Índia mais do que triplicou nos últimos cinco anos, passando de US$ 2,3 bilhões, em 2005, a US$ 7,7 bilhões , em 2010.

Hoje Patriota passa o dia em Colombo, capital do Sri Lanka. O chanceler tem reuniões com o presidente do Sri Lanka, Mahindra Rajapaksa, e com o ministro das Relações Exteriores, G. L. Peiris. É a primeira visita de um chanceler brasileiro ao Sri Lanka.

Nas conversas, há articulações para cooperação técnica nas áreas de agricultura, biocombustíveis e turismo, além de programas sociais. Também conversam sobre a organização de uma agenda internacional e a coordenação nas reuniões do G15 – que reúne Argélia, Argentina, Brasil, Chile, Egito, Índia, Indonésia, Irã, Jamaica, Quênia, Nigéria, Malásia, México, Peru, Senegal, Sri Lanka, Venezuela e Zimbábue. A próxima cúpula do G15 será em 2012 no Sri Lanka.

No período de 2008 e 2009, o comércio entre o Brasil e a Índia duplicou, passando de US$ 44,6 milhões para US$ 109,2 milhões. Na pauta de exportações do Brasil para o Sri Lanka os produtos que lideram são o açúcar, a borracha e os derivados, como os pneus.

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