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Brasil propõe elevar metas de Kyoto gradativamente

A sugestão é incluir no documento a possibilidade dos países signatários aumentarem ao longo dos anos as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa

Luís Alberto Figueredo, negociador-chefe do Brasil na COP18, e Ban Ki-moon (IISD)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 14h45.

São Paulo - Na tentativa de facilitar as negociações na COP18 a respeito dos compromissos de redução de emissões para a segunda fase do Protocolo de Kyoto – já apelidada pelos negociadores de Kyotinho –, o Brasil apresentou uma proposta no primeiro dia da reunião do segmento de Alto Nível, que aconteceu nesta terça-feira (04) com a presença de ministros e chefes de Estado.

A sugestão do nosso país é incluir no texto do documento do segundo período do acordo a possibilidade dos países signatários aumentarem gradativamente, ao longo dos anos, as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa assumidas no tratado.

Dessa forma, as nações desenvolvidas poderiam, nesta COP, adotar compromissos mais tímidos, sem serem criticadas pelos países em desenvolvimento – e, principalmente, pelas ilhas, que pedem mais urgência na questão por estarem mais suscetíveis às consequências das mudanças climáticas. Isso porque, à medida que cumprirem suas promessas, as nações ricas assumiriam novas metas, até a implantação do acordo climático global, prevista para 2020.

“A ideia é que seja possível subir os valores das metas do Kyotinho a qualquer momento, sem ter de refazer a emenda ou passar por um novo processo de ratificação”, disse o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador-chefe do Brasil na COP18, em coletiva de imprensa. Ele ainda explicou por que o país fez essa proposta: “O segundo período de compromisso é a chave dessa COP. Se ele não for feito aqui, temo que os outros elementos não aconteçam”.

A reunião do segmento de Alto Nível da Conferência está prevista para acontecer até esta sexta-feira (07).

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A sugestão do nosso país é incluir no texto do documento do segundo período do acordo a possibilidade dos países signatários aumentarem gradativamente, ao longo dos anos, as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa assumidas no tratado.

Dessa forma, as nações desenvolvidas poderiam, nesta COP, adotar compromissos mais tímidos, sem serem criticadas pelos países em desenvolvimento – e, principalmente, pelas ilhas, que pedem mais urgência na questão por estarem mais suscetíveis às consequências das mudanças climáticas. Isso porque, à medida que cumprirem suas promessas, as nações ricas assumiriam novas metas, até a implantação do acordo climático global, prevista para 2020.

“A ideia é que seja possível subir os valores das metas do Kyotinho a qualquer momento, sem ter de refazer a emenda ou passar por um novo processo de ratificação”, disse o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador-chefe do Brasil na COP18, em coletiva de imprensa. Ele ainda explicou por que o país fez essa proposta: “O segundo período de compromisso é a chave dessa COP. Se ele não for feito aqui, temo que os outros elementos não aconteçam”.

A reunião do segmento de Alto Nível da Conferência está prevista para acontecer até esta sexta-feira (07).

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