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Brasil lança Rio+20 em meio a discussões sobre o Código Florestal

Evento que marca 20 anos da Eco 92 será nos dias 4 e 6 de junho de 2012

Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, terão 40 categorias de empresas parceiras do evento (Oscar Cabral/Veja)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 20h22.

Rio de Janeiro - A largada oficial para a Conferência Rio+20, que marcará duas décadas da Rio 92, ocorreu hoje (3), a um ano da realização do encontro, entre os dias 4 e 6 de junho de 2012. Durante o lançamento da logomarca oficial, representantes do governo, do Congresso Nacional e ativistas ambientais ressaltaram a importância da discussão em torno do Código Florestal, em tramitação no Senado. A expectativa dos organizadores é que a conferência reúna 120 chefes de Estado e tenha a participação de 50 mil pessoas.

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, disse que o lançamento da Rio+20 acontece paralelamente à discussão, no Senado, do Código Florestal e ressaltou que o mundo está acompanhando o resultado final da votação.

“Hoje, no diálogo internacional, a pergunta que nos fazem é para onde o Brasil vai e o que está fazendo? A questão da liderança pelo exemplo não tem como ser evitada. Nós temos que fazer o nosso dever de casa, buscando um código moderno, que integre desenvolvimento e preservação. A Rio+20 já começa na discussão do Código Florestal e de como preservar a sociedade de assassinatos de militantes ambientalistas na Amazônia”, disse Gaetani.

O ex-ministro do Meio Ambiente do governo Lula e atual secretário estadual de Ambiente do Rio, Carlos Minc, afirmou que o país passará a ser foco das atenções internacionais a partir da agora e não pode sediar a Rio+20 em posição de constrangimento, se aprovar um código favorável ao desmatamento.

“Eu acho que temos de melhorar muito o código, porque um recuo agora, a volta do correntão e de assassinatos é incompatível com a gente ter uma postura altiva e receber os chefes de Estado não só com boas propostas, mas em uma boa posição. Temos que retomar o boipirata [confisco de gado irregular], as grandes operações, combater a impunidade, melhorar o código no Senado e a presidenta Dima vetar o que for preciso, para o Brasil chegar nessa conferência de cabeça em pé”, afirmou Minc.

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) defendeu a revisão do código aprovado pela Câmara, a fim de evitar a possibilidade de aumento na devastação ambiental. “Nós temos que votar contra o desmatamento. Há uma preocupação enorme da presidenta Dilma. É um compromisso dela do Brasil não desmatar. Por isso nós pedimos mais tempo para votar, a fim de esfriar os ânimos e construir um acordo no Senado. Eu sou contra dar anistia a quem desmatou, é um precedente perigoso e podemos ter graves consequências ao meio ambiente”, disse Crivella.

Como símbolo do lançamento da Rio+20, o monumento do Cristo Redentor foi iluminado de verde no início da noite, ao fim do encontro.

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Rio de Janeiro - A largada oficial para a Conferência Rio+20, que marcará duas décadas da Rio 92, ocorreu hoje (3), a um ano da realização do encontro, entre os dias 4 e 6 de junho de 2012. Durante o lançamento da logomarca oficial, representantes do governo, do Congresso Nacional e ativistas ambientais ressaltaram a importância da discussão em torno do Código Florestal, em tramitação no Senado. A expectativa dos organizadores é que a conferência reúna 120 chefes de Estado e tenha a participação de 50 mil pessoas.

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, disse que o lançamento da Rio+20 acontece paralelamente à discussão, no Senado, do Código Florestal e ressaltou que o mundo está acompanhando o resultado final da votação.

“Hoje, no diálogo internacional, a pergunta que nos fazem é para onde o Brasil vai e o que está fazendo? A questão da liderança pelo exemplo não tem como ser evitada. Nós temos que fazer o nosso dever de casa, buscando um código moderno, que integre desenvolvimento e preservação. A Rio+20 já começa na discussão do Código Florestal e de como preservar a sociedade de assassinatos de militantes ambientalistas na Amazônia”, disse Gaetani.

O ex-ministro do Meio Ambiente do governo Lula e atual secretário estadual de Ambiente do Rio, Carlos Minc, afirmou que o país passará a ser foco das atenções internacionais a partir da agora e não pode sediar a Rio+20 em posição de constrangimento, se aprovar um código favorável ao desmatamento.

“Eu acho que temos de melhorar muito o código, porque um recuo agora, a volta do correntão e de assassinatos é incompatível com a gente ter uma postura altiva e receber os chefes de Estado não só com boas propostas, mas em uma boa posição. Temos que retomar o boipirata [confisco de gado irregular], as grandes operações, combater a impunidade, melhorar o código no Senado e a presidenta Dima vetar o que for preciso, para o Brasil chegar nessa conferência de cabeça em pé”, afirmou Minc.

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) defendeu a revisão do código aprovado pela Câmara, a fim de evitar a possibilidade de aumento na devastação ambiental. “Nós temos que votar contra o desmatamento. Há uma preocupação enorme da presidenta Dilma. É um compromisso dela do Brasil não desmatar. Por isso nós pedimos mais tempo para votar, a fim de esfriar os ânimos e construir um acordo no Senado. Eu sou contra dar anistia a quem desmatou, é um precedente perigoso e podemos ter graves consequências ao meio ambiente”, disse Crivella.

Como símbolo do lançamento da Rio+20, o monumento do Cristo Redentor foi iluminado de verde no início da noite, ao fim do encontro.

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