Mundo

Brasil envia à ONU propostas para debate na Rio+20

O texto trata de 25 temas, como criação de programas de proteção socioambiental global, desenvolvimento sustentável e compras públicas

Izabella Teixeira: "não concordo e acho inaceitável que existam propriedade licenciadas produzindo e que pratiquem desmatamento ilegal” (Antônio Cruz/ABr)

Izabella Teixeira: "não concordo e acho inaceitável que existam propriedade licenciadas produzindo e que pratiquem desmatamento ilegal” (Antônio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 21h42.

Brasília - As propostas do governo brasileiro para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, baseiam-se em modelos de desenvolvimento global em favor da economia verde, da erradicação da pobreza e da adoção de práticas sustentáveis.

O texto trata de 25 temas, como criação de programas de proteção socioambiental global, desenvolvimento sustentável, compras públicas sustentáveis, financiamento de estudos e pesquisas para o desenvolvimento sustentável e um protocolo internacional para a sustentabilidade do setor financeiro.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o texto foi enviado hoje (1º) ao secretariado da conferência na Organização das Nações Unidas (ONU) e fará parte do documento-base para as negociações que vão ocorrer antes da Rio+20, marcada para junho de 2012.

“O documento tem uma visão crítica sobre o desenvolvimento sustentável, mostrando onde estão os problemas e gargalos e mostra as propostas concretas em torno de temas que vão da pobreza ao desenvolvimento sustentável inclusivo, a economia verde inclusiva. É economia com inclusão social e sustentabilidade”, explicou.

Ela disse ainda que o Brasil vai mostrar na conferência experiências exitosas de desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza. “Ao propor o programa de proteção socioambeinetal global, estamos considerando experiencias brasileiras como o Bolsa Família, o Luz para Todos, que dá acesso à energia [elétrica], considerado uma das experiências mais exitosas avaliadas pelas Nações Unidas. Também estamos falando do Bolsa Verde, do Brasil sem Miséria”.


Outro ponto destacado pela ministra é o financiamento do desenvolvimento sustentável. “É importante que a gente possa avançar nos financiamentos para o desenvolvimento sustentável, não só no setor público, mas no privado também. Os bancos públicos e privados têm um papel estratégico no financiamento do desenvolvimento sustentável.”

A ministra disse ainda que o Brasil vai propor maior participação da sociedade civil organizada na Rio+20. “O modelo sugerido pelo Brasil para a conferência vai permitir um diálogo entre a sociedade civil e o setor privado por meio de temas estratégicos como a questão da segurança energética, segurança hídrica , inovação tecnológica, ou do uso da biodiversidade.”

Para a ministra, a conferência sobre desenvolvimento sustentável poderá ajudar, indiretamente, o debate relacionado às mudanças climáticas. “Na hora que o Brasil propõe discutir energia com inovação tecnológica, segurança energética com inovação tecnológica, está influenciamento novos caminhos para as discussões sobre o clima.”

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMetrópoles globaisONURio de JaneiroSustentabilidade

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia