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Brasil e Peru vão monitorar qualidade da água amazônica

Com o acordo, serão fortalecidos os planos de gestão integrada das bacias hidrográficas e dos recursos hídricos


	Dilma durante visita oficial ao Peru: seu encontro com o presidente Ollanta Humala também resultou na assinatura de um convênio para facilitar a eliminação do roaming próximo à fronteira 
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma durante visita oficial ao Peru: seu encontro com o presidente Ollanta Humala também resultou na assinatura de um convênio para facilitar a eliminação do roaming próximo à fronteira  (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 05h32.

Lima - Os governos do Brasil e do Peru assinaram nesta segunda-feira um acordo que permitirá o monitoramento da qualidade da água da região amazônica dos dois países, informaram fontes oficiais.

Um memorando de entendimento sobre o tema foi assinado pelo chefe da Autoridade Nacional de Águas do Peru, Jorge Montenegro, e o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Lima hoje.

O objetivo do acordo é "estabelecer os termos para o desenvolvimento da cooperação em matéria de recursos hídricos, por meio da realização de atividades e projetos conjuntos, com a finalidade de fortalecer as capacidades institucionais" de ambos os órgãos governamentais, assinalou a Chancelaria peruana em comunicado.

Com isso, serão fortalecidos os planos de gestão integrada das bacias hidrográficas e dos recursos hídricos, os conselhos de recursos hídricos e das bacias além das fronteiras, assim como os comitês de bacias hidrográficas e as secretárias técnicas.

Além disso, as ações de monitoramento dos recursos hídricos da bacia do rio Amazonas, incluindo qualidade e quantidade de água, parâmetros de eficiência do uso da água, sistemas de informação dos recursos hídricos e a gestão do conhecimento e transferência de tecnologia sobre recursos hídricos.

Dilma esteve hoje em Lima para comemorar os dez anos da Aliança Estratégica entre Brasil e Peru, que tem uma agenda de 24 pontos, entre os quais se destacam a integração física e econômica mediante projetos de infraestrutura rodoviária, energética e portuária.

Seu encontro com o presidente do Peru, Ollanta Humala, também resultou na assinatura de um convênio para facilitar a eliminação do roaming na telefonia celular nas localidades próximas da fronteira entre os dois países.


Segundo a Chancelaria, o acordo prevê a instalação de um projeto piloto em Assis, no lado brasileiro, e em Iñapari e Iberia, no lado peruano. O projeto "assegurará a integração das ofertas de serviços de telecomunicações e permitirá a circulação da informação na comunicação de dados".

A partir desse projeto piloto, os dois países poderão expandir os alcances do acordo para outras áreas da fronteira, informou a nota oficial.

Além disso, foi assinado um memorando de entendimento sobre a troca de experiências e boas práticas em matéria de emprego e relações trabalhistas.

O memorando permitirá a cooperação e a assistência técnica para a troca de boas práticas que permitam fortalecer a promoção do emprego e a proteção dos direitos trabalhistas dos habitantes locais e imigrantes.

Dilma elogiou o sucesso da Aliança Estratégica com o Peru e afirmou que "o desafio" é melhorá-la com o fortalecimento da integração física e comercial.

Segundo números oficiais do Peru, as exportações peruanas para o Brasil chegaram a US$ 1,165 bilhões entre janeiro e agosto deste ano, enquanto o Peru importou US$ 1,493 bilhões em produtos do Brasil.

Durante sua estadia em Lima, Dilma foi declarada como hóspede ilustre de Lima pela prefeita Susana Villará e participou junto com Humala da inauguração de um fórum empresarial Peru-Brasil, para depois retornar à Brasília. 

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