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Brasil e outros países latino-americanos rejeitam apoio europeu à Ucrânia

Cúpula Celac-União Europeia acontecerá nos dias 17 e 18 deste mês e reunirá 60 líderes das duas regiões

Celac: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcará para Bruxelas na tarde de domingo (Ernesto Ryan/Getty Images)

Celac: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcará para Bruxelas na tarde de domingo (Ernesto Ryan/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 13 de julho de 2023 às 16h03.

Última atualização em 13 de julho de 2023 às 17h02.

Às vésperas da cúpula de líderes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE), que acontecerá nos dias 17 e 18 deste mês, em Bruxelas, as negociações para e elaboração de declaração final do encontro têm sido marcadas por divergências. A principal delas diz respeito ao apoio explícito à Ucrânia no documento, proposto pelos europeus e rechaçada por países da América Latina, entre os quais o Brasil.

Uma reunião entre representantes dos 60 países que estarão presentes no evento, marcada para esta sexta-feira, poderá resultar em um acordo. A ideia é que a declaração seja o mais enxuta possível e que trate apenas de temas intrarregionais, como meio ambiente e aquecimento global.

No fim do mês passado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que "alguns países" da América Latina se posicionaram contra sua presença na cúpula. Mas ele não revelou que países tiveram essa postura.

Lula e os progressistas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcará para Bruxelas na tarde de domingo. Além da Cúpula Celac-União Europeia, Lula participará de um café da manhã com líderes progressistas, a convite do presidente do Partido Socialista Europeu, Stefan Löfven, e terá alguns encontros bilaterais. Segundo os diplomatas do lado brasileiro, há uma profusão de pedidos de reunião com Lula.

O retorno à Celac foi o primeiro ato de política externa de Lula, desde que ele assumiu o governo. O Brasil havia saído desse fórum em 2019, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os líderes das duas regiões não se reuniam há oito anos e o evento é considerado um novo impulso às relações bilaterais.

Os principais assuntos discutidos na cúpula serão tensões geopolíticas, aumento da fome e da pobreza, desafios ambientais e reforma do sistema financeiro internacional. Haverá, ainda, quatro mesas temáticas sobre transição digital, clima, segurança cidadã e comércio e desenvolvimento sustentável.

Lula deve fazer um discurso. Ele se reunirá com a presidente da UE, Ursula von der Leyen — com quem deve falar sobre o acordo de livre comércio entre Mercosul e UE — além de líderes da Áustria, da Suécia e da Dinamarca.

Os encontros bilaterais devem acontecer na manhã de segunda-feira. Em seguida, Lula participará de um reunião de empresários das duas regiões.

No dia seguinte, o presidente participará do café da manhã com líderes progressistas de países como Argentina, Chile, Colômbia, Portugal, República Dominicana, Alemanha, Dinamarca e Espanha. Depois, ele vai almoçar com os representantes da Celac e da UE e, momentos antes de embarcar de volta ao Brasil, dará uma entrevista coletiva à imprensa

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