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Brasil deve cobrar da ONU agilidade na discussão sobre Conselho de Segurança

A presidente Dilma Rousseff cobrará participação do país no órgão da Organização das Nações Unidas

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, discutirá sobre a reforma do Conselho de Segurança com o presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, Joseph Deiss (Valter Campanato/ABr)

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, discutirá sobre a reforma do Conselho de Segurança com o presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, Joseph Deiss (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2011 às 13h49.

Brasília – A três meses de concluir o mandato, o presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Joseph Deiss, deverá ser cobrado hoje (20), nas reuniões com a presidenta Dilma Rousseff e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, sobre a reforma do Conselho de Segurança. O governo do Brasil propõe que os países em desenvolvimento tenham espaço garantido nos assentos permanentes e rotativos.

Deiss é um dos defensores da ampliação da atual estrutura do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A exemplo do Brasil, o presidente da Assembleia Geral quer a adequação do órgão ao cenário político mundial do século 21. A organização em vigência segue o modelo do mundo de seis décadas atrás, logo depois da 2ª Guerra Mundial.

Os países que têm assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas são a China, França, Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos. Nos lugares rotativos estão: Bósnia-Herzegovina, Alemanha, Portugal, Brasil, Índia, África do Sul, Colômbia, Líbano, Gabão e Nigéria.

Nas conversas que terá ao longo do dia, Deiss pretende ouvir detalhes sobre a política de direitos humanos adotada pelo governo Dilma. O Brasil, segundo diplomatas que acompanham o assunto, é elogiado nas Nações Unidas pelas posições que assume sobre o assunto.

Nos últimos meses, a ONU declarou ser contrária aos fatos registrados na Líbia, na Síria e na Bielorrússia em decorrência de ações violentas de forças do governo contra civis. Antes houve manifestações de repúdio a atos cometidos no Egito e no Irã.

Com as autoridades brasileiras, Deiss também conversará sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) – que ocorrerá em 2012. Vinte anos depois da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92), a Rio+20 pretende renovar o engajamento dos líderes mundiais no desenvolvimento sustentável do planeta.

O presidente da Assembleia Geral pretende também saber das autoridades brasileiras sobre os resultados dos esforços para alcançar as chamadas Metas do Milênio, fixadas em 2000. Há 11 anos, representantes de 191 países que integram a ONU fixaram as metas e devem atingi-las até 2015. O pacote envolve melhorias nas áreas da educação, saúde, meio ambiente e direitos das mulheres. Para as Nações Unidas, o exemplo do Brasil e os esforços do governo Dilma estão concentrados na erradicação da fome e da pobreza. O programa Brasil sem Miséria deve ser um dos temas a ser discutido hoje por Deiss.

Ele é a segunda autoridade do comando da ONU a visitar o Brasil em menos de uma semana. Nos últimos dias 9 e 10, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, esteve em Brasília, quando conversou com Dilma e vários ministros, além de parlamentares e representantes de organizações não governamentais.

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