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Brasil critica silêncio do CS diante da crise na Síria

"Há uma inoperância do Quarteto, mas também é relevante o silêncio do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre esta questão", sustentou o ministro


	Rebeldes do ELS carregando feridos em Alepo: o ministro citou dados da Cruz Vermelha Internacional, segundo os quais "o conflito na Síria já deixou 25 mil mortos e 250 mil feridos"
 (Goran Tomasevic/Reuters)

Rebeldes do ELS carregando feridos em Alepo: o ministro citou dados da Cruz Vermelha Internacional, segundo os quais "o conflito na Síria já deixou 25 mil mortos e 250 mil feridos" (Goran Tomasevic/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2012 às 17h04.

Brasília - O ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, criticou nesta quarta-feira o silêncio do Conselho de Segurança da ONU perante o agravamento da crise na Síria, país que considera imerso "em uma verdadeira guerra civil".

Em discurso na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, Patriota também qualificou de inoperante o chamado "Quarteto para o Oriente Médio", que é integrado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e a própria ONU, afirmando que o grupo não fez os esforços necessários em relação à crise no país árabe.

"Há uma inoperância do Quarteto, mas também é relevante o silêncio do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre esta questão", sustentou o ministro.

Patriota apontou que "denunciar essa imobilidade não é suficiente" e exigiu que as Nações Unidas e os países mais envolvidos no conflito façam mais esforços para conseguir uma saída negociada entre o Governo de Bashar Al-Assad e as forças rebeldes.

O ministro citou dados da Cruz Vermelha Internacional, segundo os quais "o conflito na Síria já deixou 25 mil mortos e 250 mil feridos" durante os últimos 18 meses, e afirmou que a comunidade internacional não pode permanecer alheia ao cenário de guerra civil.

Patriota disse que "pessoalmente" mantém contatos com algumas personalidades da Liga Árabe que trabalham por uma solução pacífica.

Nesse sentido, o ministro reiterou que, na opinião do Brasil, o princípio de uma saída passa pela retomada do plano proposto pelo ex-secretário geral da ONU Kofi Annan, que entre outros pontos, colocava o fim imediato das hostilidades e a abertura de espaços para a atuação de agências humanitárias na Síria. 

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