BP veda poço e prepara operação final
Houston - A BP informou que a tampa de cimento colocada no poço danificado de petróleo em águas profundas no Golfo do México estava funcionando nesta sexta-feira, e a companhia já se preparava para fechar, de forma permanente, a fonte do maior derramamento de petróleo em alto-mar do mundo. Mais de cem dias depois do […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
Houston - A BP informou que a tampa de cimento colocada no poço danificado de petróleo em águas profundas no Golfo do México estava funcionando nesta sexta-feira, e a companhia já se preparava para fechar, de forma permanente, a fonte do maior derramamento de petróleo em alto-mar do mundo.
Mais de cem dias depois do início do vazamento catastrófico que devastou regiões costeiras e suas economias na parte americana do Golfo, a BP afirmou que o vazando do poço Macondo havia sido interrompido e que não restava mais petróleo possível de ser retirado da superfície do Golfo do México.
A BP parou de bombear cimento no poço danificado na quinta-feira, depois que injeções de lama feitas anteriormente nesta semana contiveram a pressão ascendente de petróleo e gás. Em meados de julho, a cabeça do poço havia sido tampada de maneira provisória.
A operação chamada "morte estática" no topo do poço deverá ser concluída com a "morte por baixo" ainda neste mês com a injeção de mais lama e cimento por meio de uma tubulação auxiliar que será perfurada até o poço danificado.
Esse poço auxiliar é considerado a solução final para lacrar a reserva 4 mil metros abaixo do leito do oceano.
O principal executivo da BP para exploração e produção, Doug Suttles, disse a jornalistas numa entrevista em New Orleans que a operação com cimento "parece estar funcionando como o esperado", embora os testes continuassem na sexta-feira. "Todas as indicações até agora parecem muito animadoras", afirmou ele.
Ele acrescentou que um poço auxiliar deveria interceptar a tubulação do poço de Macondo "bem no meio do mês."
A vedação do poço foi um alívio tanto para a gigante de energia britânica, cujas ações e imagem foram abaladas pelo vazamento, como para o governo do presidente Barack Obama, que prometeu ajudar na recuperação da Costa do Golfo.
Entretanto, grandes questões permanecem sobre o tamanho do dano ambiental e econômico causado pelo vazamento e os custos finais e indenizações que terão de ser arcados pela BP.
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