BP substitui Hayward na coordenação de vazamento
Londres - A companhia petrolífera British Petroleum anunciou hoje a substituição do executivo-chefe, Tony Hayward, como principal responsável da gestão direta dos esforços para atenuar as consequências do vazamento de petróleo no Golfo do México. Em comunicado, a BP informou que criou um departamento especial para gerir a catástrofe ambiental, que será coordenada pelo diretor […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
Londres - A companhia petrolífera British Petroleum anunciou hoje a substituição do executivo-chefe, Tony Hayward, como principal responsável da gestão direta dos esforços para atenuar as consequências do vazamento de petróleo no Golfo do México.
Em comunicado, a BP informou que criou um departamento especial para gerir a catástrofe ambiental, que será coordenada pelo diretor do conselho de administração da BP, o americano Robert Dudley.
O novo departamento centralizará os trabalhos relacionados com o vazamento, que até o momento estavam sob a responsabilidade direta do britânico Tony Hayward.
BP indicou que isto não representa que Hayward deixará de ter poder executivo sobre a situação, já que Dudley terá de informar o andamento das operações a ele.
O executivo-chefe se transformou desde o início da crise no alvo das críticas pela gestão do acidente por parte da companhia petrolífera.
Hayward foi criticado não só pela lentidão para deter o acidente, mas pela imagem de indiferença que demonstrou em direção ao drama que representa a contaminação de petróleo para milhares de pessoas.
Este departamento será o encarregado de tramitar o fundo especial de US$ 20 bilhões criado pela BP para compensar às pessoas e negócios afetados pela contaminação.
"A resposta ao incidente no Golfo do México continua sendo a principal prioridade da BP", declarou Hayward, quem assegurou que "nosso compromisso com os Estados do Golfo é de longo prazo".
Sobre a nomeação de Dudley, Hayward assinalou que "havendo avançado no Mississipi, Robert tem um profundo conhecimento e uma afinidade com a Costa do Golfo" e acrescentou que "acredita a fundo no compromisso da BP para reabilitar a região".
Sobre seu futuro imediato, afirmou: "no curto prazo, me centrarei em escutar os acionistas, de modo que possamos enfrentar as suas preocupações e retirar os obstáculos existentes no caminho para que sejamos mais eficazes".