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Botsuana reverte medida e passa a liberar a caça de elefantes

Proibição instaurada em 2014 deixa de valer; país tem a maior densidade de população de elefantes do mundo

Botsuana tem mais de 135 mil elefantes em seu território (Michelle Guillermin/Reprodução)

Botsuana tem mais de 135 mil elefantes em seu território (Michelle Guillermin/Reprodução)

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EFE

Publicado em 23 de maio de 2019 às 12h24.

Última atualização em 23 de maio de 2019 às 14h48.

Johanesburgo — Botsuana, o país com maior número de elefantes do mundo, decidiu suspender a proibição de caçar estes animais no seu território, informaram fontes oficiais.

A decisão, adotada depois de "extensas consultas com todas as partes envolvidas", foi antecipada ontem à noite, em comunicado, pelo Ministério de Meio ambiente, Conservação e Turismo de Botsuana.

O aumento dos conflitos entre humanos e elefantes - por exemplo, por invasão dos paquidermes em localidades e terrenos de cultivo - ou o aumento dos predadores (derivado do crescimento demográfico dos elefantes) e suas consequências para o gado estão entre os motivos assinalados para o fim do veto.

O Governo também alega que a proibição, instaurada em 2014 pelo anterior presidente do país, Ian Khama (2008-2018), teve um "impacto negativo" na forma de vida de muitas comunidades que antes se beneficiavam dela.

Em geral, Botsuana considera que há "consenso geral" entre os envolvidos para que o veto seja abolido, apesar de que o Ministério também reconheceu que começou o processo de consultas em fevereiro passado porque havia "duas escolas de pensamento" a respeito.

Esse debate envolveu as comunidades afetadas pelo aumento da população de elefantes, autoridades locais, ONGS, empresas de turismo, pesquisadores e conservacionistas, entre outros.

Com mais de 135 mil exemplares, Botsuana tem a maior densidade de população de elefantes do mundo.

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