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Boris Johnson está estável e respondendo a tratamento na UTI

Único líder de uma grande potência com coronavírus, Johnson "recebeu oxigênio inicialmente, mas continua sem utilizar respirador", informou secretário

Coronavírus: Reino Unido se aproximava das 6.200 mortes por Covid-19 (Simon Dawson/Reuters)
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AFP

Publicado em 8 de abril de 2020 às 09h49.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson , está respondendo a tratamento na terapia intensiva de um hospital no centro de Londres, disse seu porta-voz nesta quarta-feira, acrescentando que o líder estava de "bom humor".

"O premiê permanece clinicamente estável e está respondendo ao tratamento. Ele continua sendo tratado na unidade de terapia intensiva do hospital St. Thomas e está de bom humor", disse o porta-voz a repórteres.

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Único líder de uma grande potência doente com a COVID-19 , Johnson " recebeu oxigênio inicialmente, mas continua sem utilizar respirador", disse o secretário de Estado da Saúde, Edward Argar, ao canal privado Sky News.

O primeiro-ministro não foi diagnosticado com pneumonia, disse ontem o porta-voz de Downing Street.

O jornal "The Times" afirmou nesta quarta-feira que a febre de Johnson, um dos sintomas que o levaram ao hospital no domingo, dez dias depois de contrair o coronavírus, havia diminuído.

De acordo com o "Daily Telegraph", o premiê, de 55 anos, está sendo tratado no Hospital St. Thomas de Londres por um dos principais especialistas do Reino Unido em questões pulmonares.

Confinamento mantido

O governo britânico se esforça desde segunda-feira, quando seu chefe foi repentinamente transferido para terapia intensiva, tranquilizar o país, garantindo que Johnson deixou instruções muito claras sobre o caminho a seguir na luta contra a pandemia e que o trabalho do Executivo continua.

Crescem, porém, as perguntas sobre quanto poder Raab realmente tem à frente de um gabinete que toma decisões coletivamente... a menos que haja disparidade de opinião, caso em que seu chefe decide.

Amplamente criticado por tomar medidas de distanciamento social mais tarde do que seus principais vizinhos europeus, Johnson mudou de rumo de uma estratégia inicial aparentemente destinada a atingir um certo grau de imunidade coletiva e, em 23 de março, ordenou que o país ficasse em casa.

Uma "medida excepcional para circunstâncias excepcionais", disse ele em um discurso solene na televisão.

O prazo termina na próxima segunda-feira, mas, dada sua saúde e a "falta de dados científicos suficientes" para estabelecer com certeza a progressão da pandemia, o Executivo anunciou terça-feira à noite que a revisão será adiada. Ou seja, o confinamento continua.

O Reino Unido está se tornando o novo ponto quente da COVID-19 na Europa.

Na terça-feira, o país se aproximava das 6.200 mortes por coronavírus, com um recorde diário de 786 mortes.

Mesmo que muitos concordem que a hospitalização do primeiro-ministro possa ter servido para aumentar a conscientização, alguns britânicos ainda desrespeitam as medidas de distanciamento social.

"É definitivamente um alerta para aqueles que não levavam a sério", disse à AFP Mark Gillis, funcionário de uma agência de comunicação.

O estado de Boris Johnson "é bastante chocante e também mostra que pode afetar qualquer pessoa", acrescentou.

A rainha Elizabeth II, de 93, que está com seu marido, príncipe Philip, de 98, no Castelo de Windsor, oeste de Londres, é mantida informada sobre o estado de saúde de seu primeiro-ministro, de acordo com o Palácio de Buckingham.

E, na terça-feira, enviou uma mensagem à noiva de Johnson, Carrie Symonds, e a sua família, desejando-lhe uma recuperação "completa e rápida".

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