Borges critica detenção de deputado e diz que ataque a Maduro é falso
Maduro foi criticado pelo ex-presidente do Parlamento, depois de ter detido um deputado que supostamente estaria envolvido no ataque do último sábado
EFE
Publicado em 8 de agosto de 2018 às 12h32.
Caracas - O ex-presidente do Parlamento venezuelano Julio Borges rejeitou a detenção do deputado Juan Requesens, depois que o presidente Nicolás Maduro apontou estar envolvido no atentado sofrido no sábado, e disse que tal ataque é uma "montagem" para "perseguir" os que se opõem ao Governo.
"Denunciamos perante o mundo a injustificável detenção do deputado @JuanRequesens, que teve sua imunidade parlamentar violada e o prenderam por odem de @NicolasMaduro. A ditadura aproveita a montagem de um suposto atentado para condenar a oposição", disse Borges no Twitter, onde também rejeitou estar envolvido no ataque.
Maduro afirmou na noite de terça-feira que várias pessoas, entre eles Requesens e Borges, eram responsáveis pelo atentado sofrido no sábado e pediu aos Governos da Colômbia e dos Estados Unidos colaboração com as investigações.
Em paralelo, o partido no qual militam ambos legisladores, Primeiro Justiça (PJ), denunciou que Requesens foi detido na sua residência por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin).
Borges, que está fora da Venezuela, criticou minutos depois, através do Twitter, estas palavras ao lembrar que Maduro o acusou da "guerra econômica, da crise do dinheiro, da hiperinflação, da escassez generalizada, do tráfico de mulheres brancas para prostituição. E agora da farsa do atentado? Não engana ninguém".
"O único culpado da tragédia do país é você", acrescentou Borges, ao mesmo tempo que insistiu que "nem o país e nem o mundo" acreditam "na farsa do atentado" e que tal ataque é "uma montagem para perseguir e condenar os quem" se opõem à "ditadura".
"@NicolasMaduro você é o culpado do caminho de destruição que transitamos, não busque mais responsáveis. A detenção contra @JuanRequesens é inaceitável e outra grande covardia da ditadura que lideras", apontou.