Mundo

Bombardeio dos EUA erra alvo e mata sete soldados afegãos

O exército dos Estados Unidos confirmaram o ocorrido em comunicado no qual lamentaram as mortes dos soldados afegãos


	Ashraf Ghani, presidente do Afeganistão, pediu às tropas internacionais para que tomem "as máxima precauções para não afetar o povo em suas futuras operações"
 (Omar Sobhani/Reuters)

Ashraf Ghani, presidente do Afeganistão, pediu às tropas internacionais para que tomem "as máxima precauções para não afetar o povo em suas futuras operações" (Omar Sobhani/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2015 às 16h05.

Cabul - Pelo menos sete soldados afegãos morreram e outros cinco ficaram feridos, um deles com gravidade, depois que uma aeronave americana bombardeou nesta segunda-feira, por engano, um posto de controle do exército afegão no leste do Afeganistão.

O incidente aconteceu durante a madrugada no distrito de Baraki Barak, na província de Logar, quando "tropas da coalizão (americana) bombardearam um posto de controle do Exército Nacional Afegão", afirmou à Agência Efe o chefe da polícia regional, Muhammad Dawoud Ahmadi.

O porta-voz do Ministério de Defesa afegão, Dawlat Waziri, disse à Efe que sete soldados morreram no ataque e outros cinco ficaram feridos, corrigindo a informação inicial de Ahmadi de que o número de mortos era de nove.

As forças armadas dos Estados Unidos confirmaram o ocorrido em comunicado no qual lamentaram as mortes dos soldados afegãos e manifestaram condolências aos afetados pelo "trágico incidente".

"Junto com nossos companheiros afegãos, completaremos uma investigação conjunta, transparente, rápida e rigorosa e tornaremos públicos mais detalhes sobre o incidente quando estiverem disponíveis", afirmou o chefe adjunto de Comunicações do Estado-Maior, Wilson Shoffner, segundo a nota.

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, pediu às tropas internacionais para que tomem "as máxima precauções para não afetar o povo ou as forças de segurança afegãs em suas futuras operações", de acordo com um comunicado divulgado por seu escritório.

Baraki Barak é um dos distritos mais inseguros de Logar, onde são frequentes os confrontos entre o exército afegão e os talibãs.

Durante o governo afegão anterior, de Hamid Karzai, as mortes de civis e de militares pelo chamado "fogo amigo" foram uma das principais causas de tensão entre as forças de segurança afegãs e as tropas internacionais destacadas no país asiático.

A Otan pôs ponto final em 2014 a sua missão de combate no Afeganistão, a Isaf, que foi substituída em janeiro pela operação Apoio Decidido, com cerca de 4 mil soldados em tarefas de assistência e capacitação dos corpos de segurança afegãos.

Os Estados Unidos mantêm sua missão "antiterrorista", de combate, no Afeganistão com 11 mil soldados, que devem permanecer no país até 2016, embora Washington esteja reavaliando os termos e a duração dessa operação.

Acompanhe tudo sobre:AfeganistãoÁsiaEstados Unidos (EUA)ExércitoPaíses ricos

Mais de Mundo

Reino Unido relança sua relação com a Europa em reunião de alto nível

Obama acredita que Biden deveria reconsiderar futuro de sua candidatura, diz jornal

Eleições nos EUA: Trump fará discurso às 21h09 e deve falar por 55 minutos na Convenção Republicana

Eleições Venezuela: Maria Corina Machado, lider da oposição, denuncia ataque; veja vídeo

Mais na Exame