Boliviano diz esperar com cautela decisão sobre asilo
Na semana passada, Molina pediu asilo ao governo brasileiro alegando perseguições políticas por parte do governo do presidente Evo Morales
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2012 às 10h30.
Brasília – Abrigado há mais de uma semana na Embaixada do Brasil em La Paz, o senador da oposição boliviana Roger Pinto Molina disse que aguarda com cautela a decisão da presidente Dilma Rousseff sobre o seu pedido de asilo político.
Na semana passada, Molina pediu asilo ao governo brasileiro alegando perseguições políticas por parte do governo do presidente Evo Morales.
O Ministério das Relações Exteriores informou que não há prazo para que Dilma responda ao pedido e que, no momento, a diplomacia brasileira está em contato com autoridades bolivianas para apurar o que ocorreu. A decisão da presidente, segundo Itamaraty, será tomada “a partir dessas consultas”.
Pinto garantiu que vários motivos o levaram a escolher o Brasil para pedir asilo político. “O Brasil tem ampla tradição de conceder refúgio político e é o país com o qual a Bolívia tem a maior ligação. Estou otimista, mas aguardando com cautela a decisão da presidente Dilma”, disse.
Líder no Senado do partido opositor Convergência Nacional (CN), Molina relatou sofrer “perseguições políticas”, ao procurar a embaixada brasileira em La Paz. “A minha família estava com medo do que podia acontecer comigo. Estavam ameaçando até queimar nossa casa”. O senador disse que sua mulher, uma das três filhas do casal e duas netas estão no Acre e as outras filhas e netos, na Bolívia.
“Eu morei e estudei no Acre quando era adolescente e por isso falo português” disse. O senador afirmou que espera poder se mudar para o Brasil em 15 dias, fazendo inicialmente uma visita a Brasília, onde pretende se reunir com a presidente Dilma. “O governo boliviano deve me conceder o salvo-conduto para que eu deixe o país e para isso é preciso primeiro a decisão da presidente Dilma”, disse.
A assessoria de imprensa do Itamaraty explicou que “não necessariamente” Dilma irá conversar com o presidente Evo Morales, podendo tomar a decisão a partir de informações da diplomacia brasileira.
Ex-governador do departamento (província) de Pando, na fronteira com o Brasil, o senador é acusado por autoridades locais de diferentes irregularidades. Uma reportagem do jornal La Razón, de La Paz, diz que o senador tem pelo menos 20 processos na Justiça, nos tribunais de La Paz, Santa Cruz, Sucre e Cobija, que se referem principalmente a acusações de desacato, venda de bens do Estado e corrupção.
Na semana passada, autoridades do governo reagiram ao pedido de refúgio na Embaixada do Brasil. “Não há presos políticos ou perseguição política [na Bolívia], mas acusados de atos de corrupção e infrações penais. Se ele acredita que não cometeu esses crimes pode ficar feliz e se defender”, declarou o vice-presidente do país, Álvaro García Linera, à imprensa local.
Brasília – Abrigado há mais de uma semana na Embaixada do Brasil em La Paz, o senador da oposição boliviana Roger Pinto Molina disse que aguarda com cautela a decisão da presidente Dilma Rousseff sobre o seu pedido de asilo político.
Na semana passada, Molina pediu asilo ao governo brasileiro alegando perseguições políticas por parte do governo do presidente Evo Morales.
O Ministério das Relações Exteriores informou que não há prazo para que Dilma responda ao pedido e que, no momento, a diplomacia brasileira está em contato com autoridades bolivianas para apurar o que ocorreu. A decisão da presidente, segundo Itamaraty, será tomada “a partir dessas consultas”.
Pinto garantiu que vários motivos o levaram a escolher o Brasil para pedir asilo político. “O Brasil tem ampla tradição de conceder refúgio político e é o país com o qual a Bolívia tem a maior ligação. Estou otimista, mas aguardando com cautela a decisão da presidente Dilma”, disse.
Líder no Senado do partido opositor Convergência Nacional (CN), Molina relatou sofrer “perseguições políticas”, ao procurar a embaixada brasileira em La Paz. “A minha família estava com medo do que podia acontecer comigo. Estavam ameaçando até queimar nossa casa”. O senador disse que sua mulher, uma das três filhas do casal e duas netas estão no Acre e as outras filhas e netos, na Bolívia.
“Eu morei e estudei no Acre quando era adolescente e por isso falo português” disse. O senador afirmou que espera poder se mudar para o Brasil em 15 dias, fazendo inicialmente uma visita a Brasília, onde pretende se reunir com a presidente Dilma. “O governo boliviano deve me conceder o salvo-conduto para que eu deixe o país e para isso é preciso primeiro a decisão da presidente Dilma”, disse.
A assessoria de imprensa do Itamaraty explicou que “não necessariamente” Dilma irá conversar com o presidente Evo Morales, podendo tomar a decisão a partir de informações da diplomacia brasileira.
Ex-governador do departamento (província) de Pando, na fronteira com o Brasil, o senador é acusado por autoridades locais de diferentes irregularidades. Uma reportagem do jornal La Razón, de La Paz, diz que o senador tem pelo menos 20 processos na Justiça, nos tribunais de La Paz, Santa Cruz, Sucre e Cobija, que se referem principalmente a acusações de desacato, venda de bens do Estado e corrupção.
Na semana passada, autoridades do governo reagiram ao pedido de refúgio na Embaixada do Brasil. “Não há presos políticos ou perseguição política [na Bolívia], mas acusados de atos de corrupção e infrações penais. Se ele acredita que não cometeu esses crimes pode ficar feliz e se defender”, declarou o vice-presidente do país, Álvaro García Linera, à imprensa local.