Mundo

Bolívia militariza fronteira com Brasil após assassinatos

Governo do país anunciou a militarização de cidade na fronteira considerada perigosa após mortes por narcotráfico


	Evo Morales: o presidente boliviano instruiu a militarização de San Matías para que o exército participe de operações de segurança
 (Aizar Raldes/AFP)

Evo Morales: o presidente boliviano instruiu a militarização de San Matías para que o exército participe de operações de segurança (Aizar Raldes/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 15h08.

La Paz - O governo da Bolívia anunciou nesta terça-feira que militarizou a cidade de San Matías, na fronteira com o Brasil, considerado um município perigoso após uma série de assassinatos, parte deles relacionados com a violência do narcotráfico.

O ministro da Defesa, Reymi Ferreira, disse aos meios de comunicação que o presidente Evo Morales instruiu a militarização de San Matías para que o exército participe de operações de segurança, a pedido da prefeitura, do comitê cívico e de legisladores regionais.

Ferreira sustentou que a militarização durará o tempo que for necessário e que os militares atuarão no marco do respeito aos direitos humanos e em coordenação com a polícia.

Por sua parte, o ministro de governo, Carlos Romero, disse à rádio estatal que se trata de uma área na qual ocorreram pelo menos seis assassinatos em dois meses, além de casos de tráfico de terras e de minerais, tráfico de drogas, contrabando e sequestros.

"O denominador comum é a droga", declarou Romero.

Segundo o ministro, os agentes de segurança entrarão em San Matías, que tem uma população de 15.600 moradores, "com três vezes mais força" que a que atualmente existe para coordenar operações com o Brasil em ações "duríssimas e contundentes".

"Lá a presença do Estado é frágil, mas a presença da polícia será triplicada e vamos ser contundentes em nossa resposta", enfatizou Romero.

Na sexta-feira passada, uma inspetora de Migração foi assassinada com sete tiros supostamente por um familiar brasileiro, que fugiu para o país sem que as razões do crime tenham sido esclarecidas.

Vários pontos fronteiriços da Bolívia com o Brasil são considerados locais de estocagem da cocaína boliviana e peruana antes de ser levada ao território brasileiro, o que provoca a violência. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaAssassinatosBolíviaCrimeDados de BrasilEvo MoralesPolíticosseguranca-digitalTráfico de drogas

Mais de Mundo

Porto de Xangai atinge marca histórica de 50 milhões de TEUs movimentados em 2024

American Airlines retoma voos nos EUA após paralisação nacional causada por problema técnico

Papa celebra o Natal e inicia o Jubileu 2025, 'Ano Santo' em Roma

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã