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Bolívia leva Chile a Haia para reinvidicar saída ao Pacífico

A Bolívia espera que o Tribunal de Haia reconheça o direito do país a uma saída ao mar, perdida em uma disputa contra o Chile no final do século XIX


	Evo Morales: ele assinalou que a reivindicação em nome do povo boliviano foi encaminhada hoje, "após tantos anos de tentativas de retornar ao mar com soberania"
 (AFP/ Jorge Bernal)

Evo Morales: ele assinalou que a reivindicação em nome do povo boliviano foi encaminhada hoje, "após tantos anos de tentativas de retornar ao mar com soberania" (AFP/ Jorge Bernal)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2013 às 13h49.

La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales, defendeu nesta quarta-feira o direito de seu país a "voltar ao mar com soberania", após a apresentação de um processo contra o Chile perante ao Corte Internacional de Justiça de Haia (CIJ) para reivindicar uma saída soberana ao Pacífico.

Em um breve discurso à imprensa local, Morales assinalou que a reivindicação em nome do povo boliviano foi encaminhada hoje, "após tantos anos de tentativas de retornar ao mar com soberania". "Esperamos com muita confiança", acrescentou o líder, acompanhado pela ministra de Comunicação, Amanda Dávila.

Uma delegação do governo boliviano, liderada pelo ex-presidente Eduardo Rodríguez, designado embaixador extraordinário e agente do Estado boliviano para representar ao país perante a CIJ, e pelo ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, apresentou hoje a reivindicação ao CIJ, confirmaram à Agência Efe fontes diplomáticas.

A Bolívia espera que o Tribunal de Haia reconheça o direito do país a uma saída ao mar, perdida em uma disputa contra o Chile, chamada Guerra do Pacífico, no final do século XIX.

Na batalha em questão (1879-1883), a Bolívia perdeu os 400 quilômetros de seu litoral no Pacífico e 120 mil km2 de território. Desde então, o país reivindica uma saída soberana ao oceano que é rejeitada pelo Chile, que, por sua vez, se ampara no Tratado de Paz e Amizade que ambos os países assinaram em 1904, o qual definiu os limites fronteiriços bilaterais.

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