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Boko Haram teria sofrido 400 baixas na Nigéria e no Chade

"Mais de 300 terroristas foram mortos e alguns também foram capturados", declarou, em um comunicado enviado por e-mail, o porta-voz da Defesa nigeriano


	Boko Haram: grupo matou ao menos 13.000 pessoas desde 2009 e nos últimos meses alcançou extensão regional
 (AFP)

Boko Haram: grupo matou ao menos 13.000 pessoas desde 2009 e nos últimos meses alcançou extensão regional (AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 18h48.

O exército nigeriano anunciou nesta quarta-feira que mais de 300 'jihadistas' do Boko Haram foram mortos quando soldados retomaram a cidade de Monguno, no nordeste do estado de Borno, enquanto no Chade forças armadas anunciaram a morte de 117 islamitas em confronto com suas tropas.

"Mais de 300 terroristas foram mortos e alguns também foram capturados", declarou, em um comunicado enviado por e-mail, o porta-voz da Defesa nigeriano, Chris Olukolade.

Não houve verificação independente sobre estas afirmações, que se seguiram a revelações sobre baixas similares do Boko Haram feitas por Níger, Chade e Camarões, países envolvidos no combate regional a estes militantes.

Milícias civis da cidade de Monguno confirmaram que a cidade tinha sido retomada, mas informaram apenas que houve grandes baixas, sem especificar a quantidade.

Na segunda-feira, o exército nigeriano informou ter retomado o controle de Monguno, depois que militantes ocuparam a cidade em 25 de janeiro, fazendo despertar temores de um ataque à capital do país, Borno.

Monguno fica cerca de 125 km ao norte de Maiduguri, considerada chave para os militantes em sua busca de estabelecer um Estado islâmico radical.

Olukolade alegou que as mortes "em massa" ocorreram depois de uma operação de dois dias para libertar Monguno e outras 10 comunidades, que destruiu um esconderijo de equipamentos, armas e munições.

O esconderijo continha cinco diferentes tipos de veículos de combate blindados, uma arma anti-aérea, cerca de 50 caixas com cápsulas e oito diferentes tipos de metralhadoras.

Cinco granadas propulsionadas por foguetes, 49 caixas de munição e 300 motocicletas também foram destruídas, acrescentou o porta-voz.

Dois soldados nigerianos foram mortos e outros 10 ficaram feridos na operação, acrescentou.

"As operações de isolamento e buscas continuam, juntamente com patrulhas ostensivas de parte de tropas que agora controlam as comunidades libertadas", prosseguiu o comunicado.

O exército nigeriano tem feito anúncios de vitórias sobre o Boko Haram, mas a retomada de Monguno parece ser a última de uma lista crescente de sucessos do Exército no último mês, com tropas chadianas liderando a contra-ofensiva em regiões de fonteira.

Guerra transfronteiriça

Na terça-feira, dois soldados chadianos e 117 islamitas foram mortos em violentos combates em Dikwa, no nordeste da Nigéria, informou em um comunicado publicado nesta quarta-feira o exército do Chade.

Os combates, que duraram duas horas, deixaram também nove feridos do lado chadiano, informou à televisão nacional o chefe do estado-maior das forças armadas chadianas, Brahim Seid Mahamat, que esteve quarta-feira em Dikwa.

Segundo o chefe do estado-maior, "quatro carros carregados com explosivos" foram destruídos, assim como 142 motos.

Dikwa fica a 90 km de Maiduguri, capital do Estado de Borno, no nordeste da Nigéria, assediada há meses pelo Boko Haram, e a 50 km de Gamboru, na fronteira com o Camarões. Os combatentes do Boko Haram, segundo a fonte, fugiram após esta "derrota" e seu acampamento teria sido retomado pelo exército chadiano.

Esta foi a primeira vez que o exército do Chade avança em território nigeriano.

O Boko Haram, que controla vastos territórios do nordeste da Nigéria, matou ao menos 13.000 pessoas desde 2009 e nos últimos meses alcançou extensão regional.

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