Mundo

Bloomberg: se posso ajudar a derrotar Trump, por que não gastar mais?

Listado pela Forbes como o oitavo norte-americano mais rico, Bloomberg tem inundado a mídia com mensagens de que tem a melhor chance de vencer o republicano

Bloomberg: candidato rejeitou críticas de concorrentes de que estaria tentando comprar a vitória (Joshua Roberts/Reuters)

Bloomberg: candidato rejeitou críticas de concorrentes de que estaria tentando comprar a vitória (Joshua Roberts/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 12 de janeiro de 2020 às 15h27.

SAN ANTONIO, Texas - O pré-candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos Michael Bloomberg disse à Reuters que está dispostos a gastar boa parte da sua fortuna para derrotar o presidente Donald Trump na eleição de 2020, rejeitando críticas de concorrentes pela nomeação democrata de que estaria tentando comprar a vitória.

Listado pela Forbes como o oitavo norte-americano mais rico, Bloomberg tem inundado a mídia e as redes sociais com mensagens de que tem a melhor chance de vencer o republicano Trump, gastando mais em anúncios desde que começou tardiamente sua campanha, em novembro, do que seus adversários democratas ao longo de todo o ano passado.

"A prioridade número um é nos livrarmos de Donald Trump. Estou gastando todo meu dinheiro para nos livrarmos de Trump", disse Bloomberg à Reuters em entrevista em seu ônibus de campanha, no sábado, durante viagem de quase 500 quilômetros ao redor do Texas, um dos 14 Estados que votarão na Super-Terça, em 3 de março.

"Vocês querem que eu gaste mais ou menos? Ponto final", acrescentou.

A senadora Elizabeth Warren, uma das principais pré-candidatas democratas que prometeram afastar a política do dinheiro, criticou Bloomberg quando ele lançou sua campanha com uma blitz de 37 milhões de dólares em anúncios de televisão, acusando o ex-prefeito de Nova York de tentar comprar a democracia norte-americana.

"São apenas coisas políticas que eles dizem, na esperança de que peguem ,e eles não gostam que eu faça isso, porque compete com eles, não porque é uma política ruim", disse Bloomberg.

Após entrar atrasado na corrida e perder os primeiros seis debates democratas, Bloomberg tem aparecido em quinto lugar nas pesquisas nacionais de intenção de voto, atrás de Joe Biden, Bernie Sanders, Warren e Pete Buttigieg.

Mas não apenas os dois bastiões liberais Warren e Sanders, mas todos os quatro concorrentes são liberais demais para vencer Trump, disse Bloomberg.

"Uma das razões que estou relativamente confiante que posso vencer Trump é que eu seria aceitável para os republicanos moderados que você precisa atrair", disse Bloomberg, um ex-republicano que fez sua fortuna com uma agência de informações financeiras para empresas de Wall Street.

"Goste ou não, você não pode vencer a eleição se não tiver o voto de republicanos moderados para cruzar a linha de chegada. Os outros são muito liberais para eles, e eles certamente votariam em Donald Trump", disse.

Bloomberg ficará de fora das primeiras quatro votações primárias pela nomeação democrata, em Iowa, New Hampshire, Nevada e Carolina do Sul, que serão realizadas em fevereiro.

Enquanto isso, ele tem tocado uma campanha nacional para reunir delegados em disputas posteriores, como a do Texas, que será o segundo maior prêmio entre os 14 Estados da Super-Terça.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEleições americanasMichael Bloomberg

Mais de Mundo

Líder da oposição sul-coreana diz que cooperará para estabilizar panorama político

Presidente sul-coreano não comparece a interrogatório com Ministério Público

Milei se aproxima de Trump enquanto mantém relação prática com China e Brasil

Trump considera privatizar o Serviço Postal dos EUA, diz Washington Post