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Bin Laden não chefiava mais a Al Qaeda, segundo documentos

Agendas, cadernos e informações em computadores encontradas na casa no Paquistão revelam que Osama já não tinha qualquer controle operacional sobre a organização

Osama bin Laden: quase 70% dos documentos apreendidos são sobre assuntos privados, como os esforços das mulheres de Osama para encontrar um marido para uma de suas filhas (Getty Images)

Osama bin Laden: quase 70% dos documentos apreendidos são sobre assuntos privados, como os esforços das mulheres de Osama para encontrar um marido para uma de suas filhas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2011 às 07h24.

Washington - Documentos encontrados na casa em Abbottabad, no Paquistão, onde Osama Bin Laden foi morto por um comando americano, revelam que o chefe da Al Qaeda já não tinha qualquer controle operacional sobre a organização terrorista.

Segundo uma fonte que analisou os documentos, que pediu para não ser identificada, centenas de agendas, cadernos e informações em computadores encontradas na casa em Abbottabad revelam que Bin Laden "há muito tempo já não estava envolvido na gestão diária de comando" da Al Qaeda.

"Os textos que recuperamos são, na maioria, opiniões gerais no estilo 'como seguir atacando os Estados Unidos' ou 'Podemos confiar nos shebab somalis?'" - explicou a fonte à AFP.

"Em uma pequena agenda com capa azul, Bin Laden se pergunta se deve promover certa pessoa para o lugar de um outro morto em ataque de aviões não tripulados dos EUA, mas não há nada que sugere gestão operacional da organização".

Segundo a fonte, quase 70% dos documentos apreendidos pelo comando que matou Bin Laden são sobre assuntos privados, como os esforços das mulheres do líder da Al Qaeda para encontrar um marido para uma de suas filhas.

"Por razões de segurança, ele recebia mensageiros uma ou duas vezes por mês: como alguém poderia comandar uma rede nestas condições?".

"O verdadeiro chefe operacional da Al Qaeda, que se ocupava do dia a dia, era Atiyah al Rahman. Sua morte foi um grande êxito para os Estados Unidos e uma perda inestimável para a organização".

O líbio Al Rahman, também conhecido por "Al Misrati", morreu no dia 22 de agosto passado, em um ataque de aviões não tripulados contra a zona tribal do Waziristão, no noroeste do Paquistão.

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