Bin Laden: codinome 'Geronimo' ofende índios americanos
Nome usado para se referir ao terrorista pelos serviços secretos americanos é o mesmo de um famoso chefe indígena
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2011 às 14h42.
Washington - O emprego do nome do chefe apache Geronimo, como código da operação militar americana, durante a qual foi eliminado Osama bin Laden, vem sendo motivo de protestos de vários representantes de comunidades indígenas nos Estados Unidos.
"O emprego impróprio de ícones da cultura indígena é muito comum em nossa sociedade. Suas consequências sobre o espírito das crianças indígenas e não indígenas é devastadora", lamentou a assessora-chefe do Comitê de Assuntos Indígenas do Senado, Loretta Tuell.
Foi com o código "Geronimo-E KIA", uma contração de "Geronimo Enemy Killed in Action" (Inimigo morto em Ação), que a Casa Branca recebeu o comunicado da missão do comando das forças especiais da Marinha americana.
O Comitê vai denunciar na quinta-feira, durante uma audiência no Congresso, "a associação entre o nome de Geronimo, considerado um grande herói ameríndio, e o mais odiado dos inimigos dos Estados Unidos", afirmou Loretta Tuell, em declaração transmitida nesta quarta-feira à AFP.
O Congresso Nacional dos Índios Americanos (NCAI), a maior organização representativa, levantou-se, também, contra o uso do nome do célebre chefe apache para anunciar a eliminação do líder da Al-Qaeda.
"Associar um guerreiro índio a Bin Laden não é uma atitude justa para com a história, além de minimizar o sacrifício dos ameríndios engajados em nossas tropas", protestou em comunicado Jefferson Keel, presidente do NCAI. Ele lembrou que 77 ameríndios morreram em combate e 400 sofrem ferimentos no Iraque e no Afeganistão, desde 2001.
Chefe legendário da rebelião apache do século 19, Geronimo (1829-1909), era considerado um estrategista excepcional de guerrilha e permaneceu detido como prisioneiro de guerra durante 20 anos.
Seus restos são conservados por uma sociedade secreta da Universidade Yale, denominada Ordem dos Crânios e dos Ossos.
Em 2009, seus descendentes pediram que o corpo fosse devolvido a eles, entrando com uma ação na justiça que, no entanto, considerou a demanda irrevogável, em 2010.
Washington - O emprego do nome do chefe apache Geronimo, como código da operação militar americana, durante a qual foi eliminado Osama bin Laden, vem sendo motivo de protestos de vários representantes de comunidades indígenas nos Estados Unidos.
"O emprego impróprio de ícones da cultura indígena é muito comum em nossa sociedade. Suas consequências sobre o espírito das crianças indígenas e não indígenas é devastadora", lamentou a assessora-chefe do Comitê de Assuntos Indígenas do Senado, Loretta Tuell.
Foi com o código "Geronimo-E KIA", uma contração de "Geronimo Enemy Killed in Action" (Inimigo morto em Ação), que a Casa Branca recebeu o comunicado da missão do comando das forças especiais da Marinha americana.
O Comitê vai denunciar na quinta-feira, durante uma audiência no Congresso, "a associação entre o nome de Geronimo, considerado um grande herói ameríndio, e o mais odiado dos inimigos dos Estados Unidos", afirmou Loretta Tuell, em declaração transmitida nesta quarta-feira à AFP.
O Congresso Nacional dos Índios Americanos (NCAI), a maior organização representativa, levantou-se, também, contra o uso do nome do célebre chefe apache para anunciar a eliminação do líder da Al-Qaeda.
"Associar um guerreiro índio a Bin Laden não é uma atitude justa para com a história, além de minimizar o sacrifício dos ameríndios engajados em nossas tropas", protestou em comunicado Jefferson Keel, presidente do NCAI. Ele lembrou que 77 ameríndios morreram em combate e 400 sofrem ferimentos no Iraque e no Afeganistão, desde 2001.
Chefe legendário da rebelião apache do século 19, Geronimo (1829-1909), era considerado um estrategista excepcional de guerrilha e permaneceu detido como prisioneiro de guerra durante 20 anos.
Seus restos são conservados por uma sociedade secreta da Universidade Yale, denominada Ordem dos Crânios e dos Ossos.
Em 2009, seus descendentes pediram que o corpo fosse devolvido a eles, entrando com uma ação na justiça que, no entanto, considerou a demanda irrevogável, em 2010.