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Bilionário "desaparece" após chamar Xi Jinping de "palhaço"

Ex-presidente de um grupo imobiliário estatal criticou Xi Jinping após um discurso sobre os esforços da China para combater a pandemia de coronavírus

Em 2016, Ren Zhiqiang foi colocado em liberdade condicional após criticar publicamente a política do governo (Bloomberg/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Publicado em 24 de julho de 2020 às 11h20.

Última atualização em 24 de julho de 2020 às 16h09.

O governo da China anunciou que o ex-presidente do grupo imobiliário Huayuan Real Estate, Ren Zhiqiang, foi demitido do Partido Comunista e é investigado por "uma grave violação disciplinar".

O Motivo? O ex-executivo da estatal chinesa chamou o presidente Xi Jinping de “palhaço” ao comentar o discurso feito pelo governante em fevereiro sobre os esforços para combater a pandemia de coronavírus . Desde então, estava desaparecido de eventos públicos, um sinal de que havia caído em desgraça no partido.

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Em nota divulgada esta semana, o órgão municipal de controle anticorrupção de Pequim disse que Zhiqiang havia sido demitido do partido por estar "violando severamente a disciplina e a lei". O bilionário também é acusado de "perder a fé"; “não estar alinhado com a parte em importantes questões de princípio” ;“difamar a imagem do partido e do país” e ser desleal e desonesto para com o Partido Comunista.

O comunicado também informou que Zhiqiang utilizou fundos oficiais em despesas de golfe, escritórios e áreas residenciais fornecidos gratuitamente por empresários e obteve ilegalmente enormes lucros. Os "ganhos ilegais" foram confiscados, e ele será acusado em tribunal, informou o comunicado.

Apesar das críticas ao governo, o documento não mencionou o artigo em que Zhiqiang disse que a falta de imprensa e liberdade de expressão impediu que o surto de coronavírus fosse resolvido mais cedo, causando um agravamento da situação.

Essa não foi a primeira vez em que o empresário foi punido. Em 2016, Ren Zhiqiang foi colocado em liberdade condicional pelo partido por um ano como parte de uma punição por criticar publicamente a política do governo.

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