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Biden se engaja em campanha eleitoral para salvar os democratas

O presidente planeja visitar uma universidade pública deste estado do sudoeste para elogiar sua política em favor do acesso ao Ensino Superior

Algumas das medidas já foram reduzidas com sucesso, enquanto outras ainda estão sendo gradualmente cortadas (Jim Lo Scalzo/EPA/Bloomberg/Getty Images)

Algumas das medidas já foram reduzidas com sucesso, enquanto outras ainda estão sendo gradualmente cortadas (Jim Lo Scalzo/EPA/Bloomberg/Getty Images)

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AFP

Publicado em 3 de novembro de 2022 às 14h35.

O presidente Joe Biden viaja nesta quinta-feira (3) ao Novo México para tentar salvar os democratas da derrota nas eleições de meio de mandato da próxima semana, consideradas decisivas para a democracia americana.

O presidente planeja visitar uma universidade pública deste estado do sudoeste para elogiar sua política em favor do acesso ao Ensino Superior.

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Recentemente, Biden decidiu eliminar parcialmente as dívidas contraídas por milhões de americanos para ir à faculdade, medida muito criticada pela oposição republicana pelo custo envolvido.

Biden "também mencionará as consequências desastrosas para a classe média americana se os republicanos seguirem em frente com seu plano de privar milhões de pessoas do alívio da dívida, enquanto dão US$ 3 trilhões para gigantes farmacêuticas, multinacionais e ultrarricos", afirmou a Casa Branca, resumindo à sua maneira os projetos econômicos dos conservadores.

Os democratas vão para as eleições de 8 de novembro, que podem lhes custar a maioria no Congresso, com duas mensagens: Joe Biden é o presidente da classe média e o defensor da democracia.

Nessas eleições, toda a Câmara de Representantes, mais de um terço do Senado, bem como vários governadores e cargos locais serão renovados.

O presidente democrata de 79 anos sabe que muito está em jogo e, na quarta-feira à noite, fez um discurso dramático sobre a democracia.

Ele estimou que, ao negar o resultado das últimas eleições presidenciais e ameaçar com contestar as eleições da próxima semana, os republicanos mais radicais que defendem o ex-presidente Donald Trump podem mergulhar o país no "caos".

- Trump em Iowa -

"Não podemos mais tomar a democracia como garantida", alertou.

Biden também se esforça para se apresentar, nesta reta final da campanha, como um presidente preocupado com a classe trabalhadora, em contraste com os republicanos, a quem acusa de defender os ricos.

Mas tem tido dificuldades para passar tal mensagem ao eleitorado em um contexto de inflação descontrolada, que se faz sentir nas compras e nos postos de gasolina, anulando os efeitos do forte crescimento e de um mercado de trabalho em expansão.

Os democratas perderam pontos entre o eleitorado popular, em comparação com a campanha liderada pelos republicanos em torno de questões muito específicas: alta dos preços e criminalidade.

Por sua vez, Donald Trump, onipresente na campanha republicana, viaja nesta quinta-feira para Iowa, um estado rural e predominantemente branco do centro-norte que há muito é considerado um "estado oscilante", o que significa que se inclina para a esquerda ou para a direita, dependendo das eleições.

Mas parece que, com o passar dos anos, tem se inclinado mais para os conservadores.

Por outro lado, o Novo México, para onde Biden se dirige, tem sido um reduto democrata. Mas também lá os conservadores estão ganhando terreno na campanha para governador, focada em questões de segurança.

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