Biden: ameaça de retaliação à Arábia Saudita (SAUL LOEB/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de outubro de 2022 às 13h20.
Última atualização em 12 de outubro de 2022 às 13h21.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na noite de terça-feira que haverá "consequências" para a Arábia Saudita à medida em que a aliança da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep+) se move para cortar a produção de petróleo.
Paralelamente, legisladores democratas pedem um congelamento da cooperação com os sauditas.
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Em entrevista à CNN, Biden disse que procuraria consultar o Congresso sobre o caminho a seguir. "Haverá algumas consequências pelo que eles fizeram com a Rússia", disse Biden. "Não vou entrar no que considero e no que tenho em mente. Mas haverá consequências."
Biden sugeriu que em breve agiria. Assessores anunciaram que o governo está reavaliando seu relacionamento com o reino saudita à medida que funcionários da Casa Branca dizem que o corte pela Opep+ ajudará a Rússia a encher seus cofres enquanto segue em seu oitavo mês de guerra na Ucrânia.
O senador democrata Richard Blumenthal, de Connecticut, e o deputado Ro Khanna, da Califórnia, introduziram uma legislação que interromperia imediatamente todas as vendas de armas dos Estados Unidos para a Arábia Saudita por um ano. Essa pausa também cortaria as vendas de peças sobressalentes e de reparo, serviços de suporte e apoio logístico.
Há dúvidas, porém, sobre até que ponto Biden está disposto a ir ao mostrar seu descontentamento com os sauditas, um aliado vital mas complicado, no Oriente Médio. Biden assumiu o cargo prometendo recalibrar o relacionamento com os EUA por causa do histórico de direitos humanos da Arábia Saudita, mas depois fez uma visita ao reino no início deste ano.
Fonte: Associated Press