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Biden ordena funeral de Estado para Jimmy Carter

Ex-presidente, falecido aos 100 anos, é lembrado por seu legado de pacificador e filantropo

Jimmy Carter: ex-presidente dos EUA e vencedor do Nobel da Paz, faleceu aos 100 anos (Paul Hennessy/Nur/Getty Images)

Jimmy Carter: ex-presidente dos EUA e vencedor do Nobel da Paz, faleceu aos 100 anos (Paul Hennessy/Nur/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 19h31.

Última atualização em 30 de dezembro de 2024 às 19h44.

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As bandeiras nacionais estão a meio mastro nesta segunda-feira, 30, nos Estados Unidos, um dia após a morte de Jimmy Carter, aos 100 anos. O ex-presidente, cujo mandato foi marcado por desafios, é amplamente reconhecido como um pacificador e filantropo.

Joe Biden declarou o dia 9 de janeiro como luto nacional em homenagem ao líder que governou entre 1977 e 1981, ordenando que as bandeiras americanas permaneçam a meio mastro por um mês. Durante esse período, Donald Trump assumirá novamente a presidência dos EUA.

O atual presidente democrata convidou a população a refletir sobre a vida de Jimmy Carter, descrito como “um homem de princípios, fé e humildade”.

Homenagens de líderes globais

Os preparativos para o funeral de Estado de Carter ainda estão em andamento. De acordo com o New York Times, uma cerimônia será realizada em 9 de janeiro na Catedral Nacional de Washington, onde Biden fará uma oração.

Os ex-presidentes dos EUA também prestaram homenagens:

  • Barack Obama o saudou como uma pessoa extraordinária;
  • George W. Bush destacou suas convicções profundas;
  • Bill e Hillary Clinton elogiaram seu trabalho por um mundo mais justo.

Internacionalmente, o papa Francisco elogiou o compromisso de Carter com a paz, inspirado por sua fé cristã. Outros líderes, como Emmanuel Macron, o rei Charles III e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, destacaram sua luta pelos direitos humanos.

Legado de paz e solidariedade

Jimmy Carter, natural da Geórgia, cresceu em uma fazenda de amendoins e entrou para a política depois de servir na Marinha. Durante seu mandato presidencial, foi responsável pelos Acordos de Camp David, que resultaram na assinatura de um tratado de paz entre Israel e Egito em 1979.

Apesar disso, enfrentou críticas severas pela gestão da crise dos reféns americanos no Irã, o que impactou sua tentativa de reeleição. Depois de deixar a Casa Branca, fundou o Centro Carter, dedicado ao desenvolvimento, saúde e resolução de conflitos.

A fundação desempenhou um papel crucial no combate a doenças, incluindo a quase erradicação da dracunculíase, uma condição parasitária que afeta principalmente comunidades africanas. O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que Carter ajudou a salvar inúmeras vidas.

Despedida e homenagens finais

A última aparição pública de Carter foi no funeral de sua esposa Rosalynn, em 2023. O casal será sepultado lado a lado em Plains, sua cidade natal, após as cerimônias programadas para Washington e Atlanta.

Jimmy Carter, que se afastou da vida pública aos 90 anos, recebeu Biden em sua casa em Plains em 2021, marcando um momento simbólico entre gerações de líderes americanos.

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