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Biden e Xi vão se reunir em Bali no dia 14

A reunião visa "gerenciar com responsabilidade" a rivalidade entre a China e os Estados Unidos, disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em nota

Os presidentes chinês, Xi Jinping, e americano, Joe Biden (AFP/AFP Photo)
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AFP

Publicado em 10 de novembro de 2022 às 16h22.

O primeiro encontro presencial desde a eleição de Joe Biden com o líder chinês, Xi Jinping, será na segunda-feira, 14 de novembro, sem esperanças de resolver suas diferenças, mas com a intenção, por parte do presidente dos Estados Unidos, de gerenciar a tensão entre as duas potências de forma "responsável".

Biden e Xi se reunirão em Bali, na Indonésia, à margem da cúpula do G20, anunciou a Casa Branca nesta quinta-feira, 10. Os dois líderes realizaram cinco reuniões por telefone ou videoconferência, mas esta é a primeira reunião presencial.

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No entanto, já se conhecem desde a época em que Biden era vice-presidente de Barack Obama.

A reunião visa "gerenciar com responsabilidade" a rivalidade entre a China e os Estados Unidos, disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em nota.

Washington também espera que os dois rivais possam "trabalhar juntos quando (seus) interesses se alinharem", como o clima.

Os dirigentes vão também tratar de uma série de questões "internacionais e regionais", explicou a responsável, mas sem mencionar explicitamente Taiwan, foco de maior tensão entre os dois países.

Biden disse na quarta-feira que "o que quer fazer quando conversarem é determinar o tipo de linha vermelha mútua que não deve ser cruzada".

"A doutrina sobre Taiwan não mudou em nada", afirmou, evitando comentários anteriores que irritaram Pequim de que os militares dos Estados Unidos defenderiam Taiwan se a ilha fosse atacada.

Um alto funcionário da Casa Branca afirmou que Biden tem a intenção de ser "franco" sobre um conjunto de "preocupações" de Washington.

Entre elas estão as ações chinesas que "perturbam a paz e a estabilidade do Estreito de Taiwan", assim como "as preocupações de longa data sobre os abusos dos direitos humanos" e as "práticas econômicas prejudiciais" da China.

Biden também pretende falar sobre a Rússia, com a intenção de que a China se distancie de Moscou, já que, como apontou o alto funcionário, a ameaça de usar armas nucleares na Ucrânia está sobre a mesa.

Além disso, também discutirão a questão da Coreia do Norte. Em um momento em que Pyongyang multiplica seus lançamentos de mísseis, Washington deseja que Pequim use sua influência sobre o líder norte-coreano, Kim Jong Un.

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Não há resultados "concretos"

O responsável esclareceu em coletiva de imprensa que a Casa Branca não espera obter resultados "concretos" com esta reunião. O objetivo, disse ele, é evitar "mal-entendidos e equívocos", mantendo as linhas de comunicação abertas em todos os níveis.

Outra fonte de atrito é o recente aperto dos Estados Unidos em seus controles de exportação, o que supostamente complicará o desenvolvimento de semicondutores avançados na China, uma medida amplamente criticada por Pequim.

"É uma medida seletiva", disse o alto funcionário americano nesta quinta-feira, "motivada por razões de segurança e defesa, não por algo mais amplo que tenha um grande impacto na economia chinesa ou no povo chinês".

Xi ganhou um terceiro mandato no Congresso do Partido Comunista Chinês no mês passado, consolidando-se como o líder chinês mais poderoso desde Mao Tse-tung.

Enquanto isso, Biden saiu das eleições de meio de mandato um pouco renovado, depois de evitar a "onda vermelha" da oposição republicana.

O democrata de 79 anos fez da rivalidade com a China, seja comercial, diplomática, militar ou tecnológica, o eixo principal de sua política externa, ao mesmo tempo em que reitera que não quer uma nova "Guerra Fria".

O alto funcionário da Casa Branca garantiu nesta quinta-feira que os Estados Unidos não têm uma estratégia de "contenção" em relação à China, como a aplicada contra a União Soviética para impedir a propagação do comunismo no mundo.

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