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Biden condena eleições na Venezuela e elogia eleitores por buscar mudança

Na ONU, presidente dos EUA destacou a luta pela liberdade na Venezuela e criticou o resultado das eleições de julho

ONU: discurso foi o último de Biden enquanto presidente (Michael M. Santiago / GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP)

ONU: discurso foi o último de Biden enquanto presidente (Michael M. Santiago / GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 24 de setembro de 2024 às 18h18.

Última atualização em 25 de setembro de 2024 às 11h17.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou nesta terça-feira, 24, em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, a luta pela “liberdade” na Venezuela, onde afirmou que “os eleitores votaram por uma mudança” que “não pode ser negada”.

Biden referiu-se assim às eleições de 28 de julho na Venezuela, nas quais o presidente Nicolás Maduro se declarou vencedor. Esse comentário foi feito na parte final de seu discurso, quando o presidente americano prestou homenagem aos “homens e mulheres valentes” que realizaram feitos históricos, como acabar com o apartheid na África do Sul ou derrubar o Muro de Berlim.

Biden destaca jornada pela liberdade

“Já vi isso em todo o mundo: os homens e mulheres valentes que acabaram com o apartheid, derrubaram o Muro de Berlim e lutam hoje pela liberdade, justiça e dignidade. Vimos essa jornada universal em direção aos direitos e à liberdade na Venezuela, onde os eleitores emitiram seus votos por uma mudança que não pode ser negada", destacou Biden.

O presidente americano ainda acrescentou que “o mundo sabe a verdade” sobre o que aconteceu nas eleições venezuelanas, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou a reeleição de Maduro sem publicar os resultados desagregados, algo que gerou uma rejeição generalizada por parte da comunidade internacional.

A crítica à permanência no poder

Em seu discurso, Biden também aproveitou para fazer um apelo aos líderes mundiais para que evitem apegar-se ao poder por tempo indeterminado. Ele mencionou sua própria experiência ao tomar a “difícil decisão” de renunciar à sua campanha de reeleição, encerrando uma carreira de 50 anos para dar espaço a uma “nova geração de lideranças”, referindo-se à vice-presidente Kamala Harris, que enfrentará o republicano Donald Trump nas eleições de novembro.

“Caros líderes, nunca nos esqueçamos: há coisas que são mais importantes do que permanecer no poder”, frisou.

A disputa pelo poder na Venezuela

A Plataforma Unitária Democrática (PUD) da Venezuela, principal coligação de oposição liderada por María Corina Machado, reivindica a vitória nas eleições de julho de seu representante, Edmundo González Urrutia, reconhecido como vencedor pelos Estados Unidos. González Urrutia recentemente se exilou na Espanha, denunciando perseguições judiciais no seu país, mas Machado garante que o candidato tomará posse como presidente no dia 10 de janeiro.

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