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BID pede mais investimento em infraestrutura e educação

Para o desenvolvimento da região, é necessário ainda atingir estabilidade macroeconômica, diz o banco

Segundo Luis Moreno, presidente do BID, a região tem investimentos baixos em tecnologia (Divulgação/BID)

Segundo Luis Moreno, presidente do BID, a região tem investimentos baixos em tecnologia (Divulgação/BID)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 14h22.

Rio de Janeiro – A ampliação dos investimentos em áreas como tecnologia, infraestrutura e educação está entre os gargalos que devem ser enfrentados pela América Latina para o desenvolvimento da região. A garantia de uma estabilidade macroeconômica nos países também é fundamental para esse processo, avalia o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Moreno.

“Temos investimentos muito baixos em tecnologia, problemas de infraestrutura e esses são alguns dos principais desafios para o continente, mas temos aprendido algo extremamente importante para as sociedades da América Latina, que é a estabilidade macroeconômica. Aprendemos isso da maneira mais difícil, já que em 25 anos tivemos mais de 31 crises financeiras”, destacou durante entrevista coletiva que marcou a abertura do Fórum Econômico Mundial na América Latina, no Rio de Janeiro, na manhã de hoje (28).

O aumento de investimentos em educação, principalmente na qualificação de mão de obra para garantir profissionais em quantidade e com conhecimento suficiente para acompanhar o crescimento esperado para os países latino-americanos, especialmente o Brasil, também foi citado por especialistas que participaram de outro debate, também nesta manhã, durante o evento.

De acordo com Rebecca Grynspan, subsecretária-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), boa parte da resposta a esse desafio está em “aprender a educar mais e melhor”.

“O real problema atualmente não é o acesso à educação básica, mas a educação que prepara para a competição no mercado de trabalho. A América Latina ainda investe muito menos nessa área do que a China, por exemplo”, disse.

“Se os países da região fizerem um link maior entre investimentos e educação será possível garantir um crescimento mais inclusivo”, acrescentou Rebecca.

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