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Berlusconi submeterá reformas econômicas a voto de confiança

O primeiro-ministro da Itália assegurou nesta segunda-feira que não pensa em renunciar

Silvio Berlusconi: quero ver a cara de quem tenta me trair (Getty Images)

Silvio Berlusconi: quero ver a cara de quem tenta me trair (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 12h02.

Roma - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, assegurou nesta segunda-feira que não pensa em renunciar e que tem a intenção de submeter as reformas econômicas que prometeu a seus parceiros comunitários a um voto de confiança no Parlamento da Itália em breve.

Em uma conversa telefônica com o jornal favorável a seu governo 'Libero', o chefe do Executivo italiano classificou como sem 'qualquer fundamento' os rumores sobre uma possível renúncia, que indicavam que poderia acontecer inclusive nesta própria segunda-feira.

'Amanhã serão votadas as Contas do Estado (de 2010) na Câmara (Baixa), então colocarei uma questão de confiança sobre a carta apresentada à União Europeia (UE) e ao Banco Central Europeu. Quero ver a cara de quem tenta me trair', afirmou Berlusconi.

'Não entendo como circularam os rumores sobre minha renúncia. Não há nenhum fundamento', acrescentou.

A alusão de Berlusconi à possível 'traição' da qual pode ser objeto se refere às últimas baixas de deputados de seu partido, o Povo da Liberdade (PDL), que decidiram aderir à oposição por discordarem do comportamento do chefe do Executivo italiano.


O desmentido aconteceu depois que o porta-voz do PDL na Câmara Baixa, Fabrizio Cicchitto, negou que o primeiro-ministro fosse renunciar, como haviam apontado nesta manhã dois jornais pró-governo, entre eles o próprio 'Libero'.

O diretor de um deles, 'Il Foglio', Giuliano Ferrara, havia inclusive afirmado na edição digital de seu jornal que a demissão de Berlusconi era 'questão de horas', algo que mencionou posteriormente em um novo editorial.

'A via de saída existe. Em vez de prolongar a agonia, Berlusconi se apresenta às Câmaras (parlamentares), pede um voto de confiança para aprovar os orçamentos (que contêm as primeiras reformas exigidas por Bruxelas), anuncia que renunciará um minuto depois e pede eleições em janeiro. Isto está em discussão', afirma Ferrara em seu último artigo.

Após registrar fortes quedas durante as primeiras horas de cotação, a Bolsa de Milão subiu ao serem divulgados os rumores sobre uma possível renúncia de Berlusconi. 

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