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Berlusconi não descarta voltar ao governo da Itália

O ex-primeiro-ministro considera que pode ser chamado para voltar ao cargo caso Mario Monti fracasse em recuperar o país

Berlusconi: ele garante que continua 'a serviço do país' (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 15h58.

Roma - O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi afirmou nesta sexta-feira que não descarta ser chamado para voltar ao governo do país, depois que, segundo ele, o 'tratamento' para os problemas do país esperado do Executivo de Mario Monti não tenha dado 'nenhum fruto'.

Ao término de uma nova audiência do caso Mills no Tribunal de Milão, no qual é julgado por suposta corrupção em ato judicial, Berlusconi afirmou que ele continua 'a serviço do país'.

'Decidimos dar passagem a um governo tecnocrata já que havia um ataque obsessivo ao nosso governo, e em particular, ao seu presidente, a quem se jogava toda a culpa do aumento do prêmio de risco e da crise das bolsas', comentou o ex-primeiro-ministro, em declarações à televisão.

Berlusconi afirmou que se por enquanto não existe uma 'solução alternativa' ao governo de Monti - que chegou ao poder em meados de novembro após sua renúncia -, a Itália terá que seguir adiante dessa forma, dado que a verdadeira solução aos problemas não está dentro do país.

O ex-primeiro-ministro da Itália acredita que o principal é convencer a Alemanha para que haja um Banco Central Europeu (BCE) 'capaz de defender o euro' e que seja possível chegar também a criar os chamados eurobonos.

'Nos encontramos perante uma situação muito difícil, que não depende da Itália. Eu tinha feito há tempos um diagnóstico claro da situação. É o euro que se encontra em uma situação anômala, porque não tem um governo detrás e um Banco Central que garanta a moeda como faz o Federal Reserve americano', disse Berlusconi.

'É a Europa que está em crise. A China em quatro anos consegue pôr no terreno uma força de trabalho equivalente às quatro grandes potências econômicas europeias', acrescentou.

Sobre o caso Mills, que julga um suposto pagamento por parte de Berlusconi a um advogado em troca que ele mentisse a seu favor em dois julgamentos, o ex-primeiro-ministro disse que qualquer eventual sentença 'não terá efeito'.

O suposto delito de Berlusconi no caso Mills, que realizará sua próxima audiência dia 25 de janeiro, pode prescrever em 14 de fevereiro se a sentença não sair antes, por isso que compactaram as últimas audiências e espera-se que no dia 11 de fevereiro os juízes possam se pronunciar.

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Roma - O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi afirmou nesta sexta-feira que não descarta ser chamado para voltar ao governo do país, depois que, segundo ele, o 'tratamento' para os problemas do país esperado do Executivo de Mario Monti não tenha dado 'nenhum fruto'.

Ao término de uma nova audiência do caso Mills no Tribunal de Milão, no qual é julgado por suposta corrupção em ato judicial, Berlusconi afirmou que ele continua 'a serviço do país'.

'Decidimos dar passagem a um governo tecnocrata já que havia um ataque obsessivo ao nosso governo, e em particular, ao seu presidente, a quem se jogava toda a culpa do aumento do prêmio de risco e da crise das bolsas', comentou o ex-primeiro-ministro, em declarações à televisão.

Berlusconi afirmou que se por enquanto não existe uma 'solução alternativa' ao governo de Monti - que chegou ao poder em meados de novembro após sua renúncia -, a Itália terá que seguir adiante dessa forma, dado que a verdadeira solução aos problemas não está dentro do país.

O ex-primeiro-ministro da Itália acredita que o principal é convencer a Alemanha para que haja um Banco Central Europeu (BCE) 'capaz de defender o euro' e que seja possível chegar também a criar os chamados eurobonos.

'Nos encontramos perante uma situação muito difícil, que não depende da Itália. Eu tinha feito há tempos um diagnóstico claro da situação. É o euro que se encontra em uma situação anômala, porque não tem um governo detrás e um Banco Central que garanta a moeda como faz o Federal Reserve americano', disse Berlusconi.

'É a Europa que está em crise. A China em quatro anos consegue pôr no terreno uma força de trabalho equivalente às quatro grandes potências econômicas europeias', acrescentou.

Sobre o caso Mills, que julga um suposto pagamento por parte de Berlusconi a um advogado em troca que ele mentisse a seu favor em dois julgamentos, o ex-primeiro-ministro disse que qualquer eventual sentença 'não terá efeito'.

O suposto delito de Berlusconi no caso Mills, que realizará sua próxima audiência dia 25 de janeiro, pode prescrever em 14 de fevereiro se a sentença não sair antes, por isso que compactaram as últimas audiências e espera-se que no dia 11 de fevereiro os juízes possam se pronunciar.

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