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Berlusconi diz que não está preso ao cargo mas espera aprovar reformas

O primeiro-ministro pode ter perdido a maioria absoluta no Congresso

Berlusconi: "Estou convencido de que amanhã teremos a maioria no Congresso e realizaremos as reformas que a Europa nos pede" (Vincenzo Pinto/AFP)

Berlusconi: "Estou convencido de que amanhã teremos a maioria no Congresso e realizaremos as reformas que a Europa nos pede" (Vincenzo Pinto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 18h40.

Roma - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse nesta segunda-feira que não está preso ao cargo e expressou sua esperança de que o Parlamento aprove seu governo e as reformas econômicas exigidas pela União Europeia (UE).

"Estou convencido de que amanhã teremos a maioria no Congresso e realizaremos as reformas que a Europa nos pede", afirmou o líder à imprensa local.

Nesta terça, o orçamento do país em 2010 será submetido à votação na Câmara de Deputados. Berlusconi pode ter perdido a maioria absoluta no Congresso.

O voto de confiança será decisivo para definir os próximos passos do primeiro-ministro. Alguns meios de comunicação italianos chegaram a falar na renúncia do premier, hipótese desmentida por Berlusconi, que anunciou sua intenção de comprovar se ainda tem maioria para continuar governando.


"Seguiremos adiante e vamos superar esse momento. Temos uma maioria capaz de aprovar as reformas. Se os projetos parlamentarem levarem a uma reviravolta política e a esquerda assumir o poder, não estaremos numa democracia", afirmou o primeiro-ministro.

O chefe de governo disse ainda que a primeira reforma que precisa ser feito é dar ao seu cargo a mesma atribuição de seus colegas europeus, "a começar pela possibilidade de impor uma linha de ação ao ministro da Economia".

Deputados do próprio partido de Berlusconi, o Povo da Liberdade (PDL), exigiram a renúncia do líder, que daria lugar a um governo que pudesse costurar uma aliança mais ampla no Parlamento.

A oposição se reuniu nesta segunda para planejar seus próximos movimentos. O bloco pretende se aproveitar do descontentamento de deputados do PDL para aprovar uma moção de censura a Berlusconi.

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