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Berlim convoca embaixador dos EUA sobre contra-espionagem

O governo alemão convocou o embaixador dos Estados Unidos a dar esclarecimentos sobre caso de contra-espionagem

Embaixador dos EUA na Alemanha, Stephan Steinlein: suposto agente duplo vazou 218 documentos (Photothek via Getty Images)

Embaixador dos EUA na Alemanha, Stephan Steinlein: suposto agente duplo vazou 218 documentos (Photothek via Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2014 às 14h15.

Berlim - O governo alemão convocou nesta sexta-feira o embaixador dos Estados Unidos, Stephan Steinlein, a uma "conversa" em relação às investigações abertas pela Promotoria Federal alemã por causa de um suposto caso de contra-espionagem.

O Ministério das Relações Exteriores de Berlim informou do pedido a Steinlein, vinculada com a detenção de um agente alemão que supostamente vazou aos EUA informação confidencial das investigações sobre as atividades da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) na Alemanha.

O suspeito, de 31 anos, supostamente funcionou durante dois anos como agente duplo para o serviço da NSA, segundo informações que também publicou a revista "Der Spiegel" e o jornal "Süddeutsche Zeitung".

A detenção foi feita por ordem da Promotoria, que na mesma quinta-feira informou disso à comissão de segredos oficiais do Parlamento e a qual investiga o escândalo da espionagem em massa dos EUA.

Segundo a edição digital de "Der Spiegel", o homem teria confessado que vendia seus serviços a Washington e recebia as instruções através da embaixada americana em Berlim.

O suposto agente duplo vazou 218 documentos internos alemães, incluindo três atas relacionadas com as investigações da comissão investigadora do Bundestag (Parlamento), de acordo com a informação publicada.

Em troca desses serviços, teria recebido 25.000 euros da espionagem americana, que lhe foram transferidos em um encontro na Áustria.

Em um primeiro comunicado, a Promotoria federal informou na quinta-feira simplesmente da detenção de um homem por suspeitas de trabalhar para um serviço secreto estrangeiro, sem dar mais detalhes.

Além disso, o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, recusou hoje dar mais dados a respeito, remetendo à breve nota da Promotoria e explicou que Merkel tinha sido informada do assunto na mesma quinta-feira.

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