Berlim ameaça com votação na UE para cotas de refugiados
No momento em que a Europa vive a crise de migrantes mais grave desde a 2ª Guerra Mundial, países como Hungria, República Tcheca e Eslováquia rejeitam cotas
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2015 às 08h57.
O ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, citou a ameaça de convocar uma votação por maioria para obrigar os países 'teimosos' da União Europeia (UE) a aceitar as cotas de refugiados , em uma entrevista publicada nesta sexta-feira.
"Não é possível que Alemanha, Áustria, Suécia e Itália carreguem sozinhos este peso", disse Stenmeier ao jornal alemão Passauer Neue Presse.
No momento em que a Europa vive a crise de migrantes mais grave desde a Segunda Guerra Mundial, países como Hungria, República Tcheca e Eslováquia rejeitam categoricamente um sistema de cotas para distribuir os refugiados no bloco.
"Se não existir outra maneira, então devemos considerar seriamente utilizar o instrumento de uma maioria qualificada de países da UE", completou o chefe da diplomacia alemã, que viaja nesta sexta-feira à Turquia para falar sobre a crise.
A votação por maioria qualificada, prevista pelos tratados europeus, exige que 55% dos Estados da UE que representem pelo menos 65% de sua população votem a favor desta medida, que neste caso seria vinculante para o conjunto dos 28 países do bloco, incluindo as nações contrárias.
Uma nova reunião de ministros europeus do Interior está prevista para 22 de setembro em Bruxelas, antes de uma reunião de cúpula extraordinária de chefes de Estado e de Governo da UE no dia seguinte para tentar desbloquear a questão.
"A Alemanha ajuda, mas quem ajuda a Alemanha?", questionou o vice-chanceler do país, Sigmar Gabriel, em entrevista ao jornal Bild.
Berlim acredita que receberá entre 800.000 e um milhão de migrantes e refugiados em 2015, contra 200.000 ano passado.
"A Alemanha pode propor uma nova pátria a muitas pessoas, mas não a todas", acrescentou.
"A Europa é uma comunidade de valores. Quem não compartilha nossos valores não pode esperar receber de forma duradoura dinheiro da União Europeia", advertiu Gabriel, que também é ministro da Economia do governo de Angela Merkel.
O ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, citou a ameaça de convocar uma votação por maioria para obrigar os países 'teimosos' da União Europeia (UE) a aceitar as cotas de refugiados , em uma entrevista publicada nesta sexta-feira.
"Não é possível que Alemanha, Áustria, Suécia e Itália carreguem sozinhos este peso", disse Stenmeier ao jornal alemão Passauer Neue Presse.
No momento em que a Europa vive a crise de migrantes mais grave desde a Segunda Guerra Mundial, países como Hungria, República Tcheca e Eslováquia rejeitam categoricamente um sistema de cotas para distribuir os refugiados no bloco.
"Se não existir outra maneira, então devemos considerar seriamente utilizar o instrumento de uma maioria qualificada de países da UE", completou o chefe da diplomacia alemã, que viaja nesta sexta-feira à Turquia para falar sobre a crise.
A votação por maioria qualificada, prevista pelos tratados europeus, exige que 55% dos Estados da UE que representem pelo menos 65% de sua população votem a favor desta medida, que neste caso seria vinculante para o conjunto dos 28 países do bloco, incluindo as nações contrárias.
Uma nova reunião de ministros europeus do Interior está prevista para 22 de setembro em Bruxelas, antes de uma reunião de cúpula extraordinária de chefes de Estado e de Governo da UE no dia seguinte para tentar desbloquear a questão.
"A Alemanha ajuda, mas quem ajuda a Alemanha?", questionou o vice-chanceler do país, Sigmar Gabriel, em entrevista ao jornal Bild.
Berlim acredita que receberá entre 800.000 e um milhão de migrantes e refugiados em 2015, contra 200.000 ano passado.
"A Alemanha pode propor uma nova pátria a muitas pessoas, mas não a todas", acrescentou.
"A Europa é uma comunidade de valores. Quem não compartilha nossos valores não pode esperar receber de forma duradoura dinheiro da União Europeia", advertiu Gabriel, que também é ministro da Economia do governo de Angela Merkel.