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Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2010 às 17h20.
Zagreb - O Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Berd) aprovou hoje um aumento de seu capital em 50%, até os 30 bilhões de euros, para impulsionar o crescimento nos países da Europa do leste e Ásia Central.
"Aprovamos um aumento do capital de 10 bilhões de euros", informou em entrevista coletiva em Zagreb a ministra francesa de Finanças, Christine Lagarde, que lidera o Conselho de Governadores do Berd.
Ela acrescentou que os investimentos previstos deveriam mitigar os efeitos da recessão econômica global e o impacto da crise na Grécia.
"O objetivo deste programa ambicioso é assegurar a recuperação e ajudar nossos países em sua ânsia por posicionar o crescimento e a transição sobre uma base mais ampla e segura", disse o presidente do Berd, Thomas Mirow.
Em sua 19º Assembleia Anual, que começou hoje em Zagreb, os governadores do Berd de 61 países, a Comissão Europeia e o Banco Europeu de Investimentos decidiram aumentar o capital do banco até os 30 bilhões de euros para 2015.
Deste modo o banco, fundado em 1991 com o objetivo de ajudar no estabelecimento de economias de mercado e setores privados em dezenas de países ex-comunistas, da Europa a Ásia Central, poderá oferecer anualmente 9 bilhões de euros de investimentos.
O Berd espera investir mais de 50 bilhões de euros até 2015 em 29 países, mais de tudo o que investiu desde seu início em 1991, incluindo os investimentos de membros relacionados, os investimentos na região poderiam alcançar 150 bilhões de euros.
Segundo Mirow, apesar dos sinais de recuperação nos países do Leste, a "perspectiva econômica mundial está frágil e as circunstâncias externas seguem perigosas".
Como exemplo dessa fragilidade ele lembrou o "recente desenvolvimento na zona do euro" e se congratulou pelas medidas decisivas adotadas pela União Europeia.
Mirow destacou que as bases da recuperação deverão ser a estabilidade macroeconômica e financeira, o que implica evitar um déficit excessivo nas balanças de pagamento e aumentos insustentáveis das dívidas.
Recomendou também que se evite o endividamento em moedas estrangeiras e que se apóiem as economias, assim como que se eliminem barreiras para as pequenas e médias empresas.
Em uma reunião à margem desta conferência, Mirow encontrou hoje com os primeiros-ministros da Albânia, Croácia, Sérvia, Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Moldávia e Montenegro, e prometeu que o Berd seguirá investindo no sudeste da Europa.
O presidente do banco destacou que apesar da crise é necessário continuar a integração do continente europeu e ressaltou que na região dos Bálcãs é necessário, em primeiro lugar, melhorar a cooperação, o comércio regional e as infraestruturas.