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Bélgica revela ligações entre detido e suspeito de atentados

A justiça informou que foram feitas mais de cem ligações telefônicas entre um homem que está detido no país, Ali Oulkadi, e os irmãos Brahim e Salah Abdeslam


	Policiais em Paris: Ali Oulkadi, e os irmãos Brahim e Salah Abdeslam antes dos atentados de 13 de novembro em Paris, que causaram 130 mortes e deixaram 350 feridos
 (Eric Gaillard / Reuters)

Policiais em Paris: Ali Oulkadi, e os irmãos Brahim e Salah Abdeslam antes dos atentados de 13 de novembro em Paris, que causaram 130 mortes e deixaram 350 feridos (Eric Gaillard / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2015 às 13h23.

Bruxelas - A justiça da Bélgica informou que foram feitas mais de cem ligações telefônicas entre um homem que está detido no país,

Ali Oulkadi, e os irmãos Brahim e Salah Abdeslam antes dos atentados de 13 de novembro em Paris, que causaram 130 mortes e deixaram 350 feridos.

Oulkadi é o amigo de infância de Salah Abdeslam que supostamente o ajudou a fugir pelo território belga, levando-o de carro do bairro de Laeken ao de Schaerbeek em 14 de novembro.

Salah é alvo de uma operação de busca e detenção internacional por suposta participação nos ataques.

Detido pela justiça belga desde novembro, Oulkadi teve 56 contatos telefônicos com o amigo entre os dias 19 de agosto e 2 de outubro, segundo as investigações reveladas hoje pelo jornal "L'Advir".

A publicação informa que Oulkadi também teve 109 conversas por telefone com Brahim Abdeslam, que se suicidou ativando um colete de explosivos em um restaurante na avenida Voltaire durante os ataques.

Oulkadi é amigo da infância dos irmãos Abdeslam e, segundo seu advogado, "Salah lhe pediu que o levasse ao bairro de Schaerbeek" após os atentados.

Ainda de acordo com o advogado, Salah confessou a Oulkadi que seu irmão tinha matado pessoas em Paris e depois se suicidado.

Teriam participado do deslocamento do suposto terrorista de Paris a Bruxelas outros dois homens atualmente detidos, Hamza Attou e Mohammed Amri, que na noite dos atentados foram do bairro de Molenbeek, em Bruxelas, à capital francesa para buscá-lo em outro carro.

Segundo o depoimento de Attou, Abdeslam estava "chorando como uma criança de 12 anos" e lhes pediu que não o delatassem quando lhes confessou que tinha participado dos ataques.

Os depoimentos de Attou e Amri divergem sobre o lugar de Bruxelas onde deixaram Abdeslam já na manhã de 14 de novembro, quando Ali Oulkadi teria passado a ser o motorista.

Depois que Amri foi embora, Salah Abdeslam e Attou entraram em contato com Oulkadi, que o deixou em Schaerbeek, a partir de onde não se tem mais pistas sobre o fugitivo. 

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