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Bélgica fecha acordo orçamentário sob ameaça da crise

Acordo sobre orçamento 2012 encerra 19 meses de impasse, o qual impediu a formação de um governo no país

Cidade belga: acordo de orçamento aconteceu depois de o país ter sua nota de risco rebaixada pela Standard and Poors (Wikimedia Commons)

Cidade belga: acordo de orçamento aconteceu depois de o país ter sua nota de risco rebaixada pela Standard and Poors (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2011 às 10h50.

Bruxelas - Os partidos políticos francófonos e flamengos belgas chegaram a um acordo sobre o orçamento de 2012 neste sábado, encerrando 19 meses de impasse, o qual impediu a formação de um governo e provocou o rebaixamento na classificação do crédito do país ontem. "Há um acordo", disse um porta-voz dos socialistas de língua francesa, um dos seis partidos do país dividido linguisticamente.

O acordo foi fechado após 17 horas de negociações e abre caminho para a formação de um governo, seguindo-se ao recorde de 19 meses de vácuo de poder, após as eleições de junho de 2010. No acordo, os partidos concordaram em promover cortes nos gastos e aumentar impostos, para reduzir o déficit do país em 11,3 bilhões de euros em 2012 e cerca de 20 bilhões de euros até 2015.

Ontem, a agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's cortou o rating da Bélgica em um nível para AA, aumentando a pressão sobre os partidos para reconciliarem cortes de gastos e aumento de impostos e evitarem serem penalizados pela União Europeia nos próximo mês.

Com a dívida nacional em nível correspondente a quase um ano de produção econômica ameaçando colocar o país em recessão, o primeiro-ministro interino, Yves Leterme, deixou claro que temia a reação dos mercados na segunda-feira se nenhum acordo orçamentário fosse estabelecido.

A advertência segue-se à desistência dias antes pelo potencial sucessor de Leterme, Elio Di Rupo, líder socialista francófono, de conduzir as negociações pela formação de um novo governo, por solicitação do rei Albert II. O rei rejeitou o pedido de renúncia de Di Rupo.

O rebaixamento da nota de crédito do país acirrou a crise interna e ameaçou colocar o país na mira do mercado, que tem penalizado países economicamente e politicamente frágeis, em meio a turbulência econômica que atinge a Europa. As informações são da Dow Jones.

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