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Bélgica continua busca por principal suspeito dos atentados

Uma semana depois dos atentados no aeroporto e no metrô que deixaram 35 mortos, a capital belga segue transtornada

Bruxelas: a justiça acreditava ter detido um dos criminosos do aeroporto, porém ele foi libertado por falta de provas (Christian Hartmann / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2016 às 14h33.

A polícia belga prosseguia buscando nesta terça-feira o principal suspeito foragido dos atentados de Bruxelas, em meio a crescentes críticas às autoridades por sua gestão da crise.

Uma semana depois dos atentados no aeroporto e no metrô que deixaram 35 mortos, a capital belga segue transtornada.

O aeroporto de Zaventem, cuja zona de check-in ficou totalmente devastada pela explosão de dois suicidas, reabrirá parcialmente na quarta-feira "no melhor dos casos", segundo o diretor das infraestruturas, Arnaud Feist.

Nesta terça-feira, 800 funcionários planejavam colocar à prova infraestruturas temporárias para poder retomar as atividades o quanto antes.

No metrô, onde na terça-feira passada um suicida detonou seus explosivos na estação de Maelbeek, o serviço continua sendo limitado.

Os três suicidas, identificados rapidamente, estão estreitamente vinculados ao grupo jihadista Estado Islâmico, que reivindicou estes ataques e os de 13 de novembro em Paris que deixaram 130 mortos.

No entanto, na segunda-feira a investigação sofreu um revés. A justiça acreditava ter detido um dos criminosos do aeroporto, o chamado "homem do chapéu" que aparece nas imagens de uma câmera de vigilância do aeroporto junto aos dois suicidas.

Mas finalmente ficou decidido libertar o único detido relacionado a estes ataques, Fayçal Cheffou.

Segundo uma fonte próxima à investigação, "os investigadores estabeleceram que não se trata do 'homem do chapéu'", que deixou no aeroporto uma mala com uma carga explosiva e fugiu.

O advogado de Fayçal Cheffou, Olivier Martins, disse que seu cliente forneceu dados de seu telefone celular para demonstrar que "estava em sua casa no momento dos atentados".

"Não posso criticar em nada o juiz de instrução", já que "os elementos que recolheu são em sua defesa", acrescentou em declarações à rede de televisão RTBF.

Críticas do prefeito

"A linha que separa um radical agitado e um radical recrutador (de jihadistas) é tênue e provavelmente o magistrado não quis cruzar esta fronteira", declarou nesta terça-feira o prefeito de Bruxelas, Yvan Mayeur, que acusa Cheffou de ter "agitado" os refugiados de um campo para migrantes em Bruxelas incitando-os à guerra santa.

A polêmica pela libertação de Cheffou se soma às outras críticas às autoridades belgas, em particular pela vigilância de um jihadista que foi expulso no ano passado da Turquia e detonou seus explosivos na última terça-feira no aeroporto.

Mas para o ministro da Justiça, Koen Geens, criticado diretamente junto ao seu colega do Interior, Jan Jambon, "não é o momento de brigarmos entre nós".

"O inimigo se encontra na Síria", disse à televisão pública flamenca VRT.

A ameaça continua sendo elevada e a investigação sobre as redes jihadistas está tomando uma dimensão europeia com prisões nos últimos dias na Bélgica, França, Itália e Holanda.

A França anunciou ter frustrado um projeto de atentado com ramificações europeias. O principal suspeito, o francês Reda Kriket, continuava sendo interrogado pela polícia francesa, que nesta terça-feira prorrogou por 24 horas sua prisão preventiva.

Os atentados de Bruxelas deixaram 340 feridos de 20 nacionalidades. Na segunda-feira, 96 continuavam hospitalizados, 55 dos quais em cuidados intensivos. Os 35 mortos, quase todos identificados, eram de doze países.

A Índia se uniu à lista de países atingidos e confirmou a morte de Raghavendran Ganeshan, de 31 anos, um funcionário da companhia informática Infosys que trabalhava há quatro anos na capital belga, uma cidade onde as instituições da União Europeia e da Otan têm sua sede.

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A polícia belga prosseguia buscando nesta terça-feira o principal suspeito foragido dos atentados de Bruxelas, em meio a crescentes críticas às autoridades por sua gestão da crise.

Uma semana depois dos atentados no aeroporto e no metrô que deixaram 35 mortos, a capital belga segue transtornada.

O aeroporto de Zaventem, cuja zona de check-in ficou totalmente devastada pela explosão de dois suicidas, reabrirá parcialmente na quarta-feira "no melhor dos casos", segundo o diretor das infraestruturas, Arnaud Feist.

Nesta terça-feira, 800 funcionários planejavam colocar à prova infraestruturas temporárias para poder retomar as atividades o quanto antes.

No metrô, onde na terça-feira passada um suicida detonou seus explosivos na estação de Maelbeek, o serviço continua sendo limitado.

Os três suicidas, identificados rapidamente, estão estreitamente vinculados ao grupo jihadista Estado Islâmico, que reivindicou estes ataques e os de 13 de novembro em Paris que deixaram 130 mortos.

No entanto, na segunda-feira a investigação sofreu um revés. A justiça acreditava ter detido um dos criminosos do aeroporto, o chamado "homem do chapéu" que aparece nas imagens de uma câmera de vigilância do aeroporto junto aos dois suicidas.

Mas finalmente ficou decidido libertar o único detido relacionado a estes ataques, Fayçal Cheffou.

Segundo uma fonte próxima à investigação, "os investigadores estabeleceram que não se trata do 'homem do chapéu'", que deixou no aeroporto uma mala com uma carga explosiva e fugiu.

O advogado de Fayçal Cheffou, Olivier Martins, disse que seu cliente forneceu dados de seu telefone celular para demonstrar que "estava em sua casa no momento dos atentados".

"Não posso criticar em nada o juiz de instrução", já que "os elementos que recolheu são em sua defesa", acrescentou em declarações à rede de televisão RTBF.

Críticas do prefeito

"A linha que separa um radical agitado e um radical recrutador (de jihadistas) é tênue e provavelmente o magistrado não quis cruzar esta fronteira", declarou nesta terça-feira o prefeito de Bruxelas, Yvan Mayeur, que acusa Cheffou de ter "agitado" os refugiados de um campo para migrantes em Bruxelas incitando-os à guerra santa.

A polêmica pela libertação de Cheffou se soma às outras críticas às autoridades belgas, em particular pela vigilância de um jihadista que foi expulso no ano passado da Turquia e detonou seus explosivos na última terça-feira no aeroporto.

Mas para o ministro da Justiça, Koen Geens, criticado diretamente junto ao seu colega do Interior, Jan Jambon, "não é o momento de brigarmos entre nós".

"O inimigo se encontra na Síria", disse à televisão pública flamenca VRT.

A ameaça continua sendo elevada e a investigação sobre as redes jihadistas está tomando uma dimensão europeia com prisões nos últimos dias na Bélgica, França, Itália e Holanda.

A França anunciou ter frustrado um projeto de atentado com ramificações europeias. O principal suspeito, o francês Reda Kriket, continuava sendo interrogado pela polícia francesa, que nesta terça-feira prorrogou por 24 horas sua prisão preventiva.

Os atentados de Bruxelas deixaram 340 feridos de 20 nacionalidades. Na segunda-feira, 96 continuavam hospitalizados, 55 dos quais em cuidados intensivos. Os 35 mortos, quase todos identificados, eram de doze países.

A Índia se uniu à lista de países atingidos e confirmou a morte de Raghavendran Ganeshan, de 31 anos, um funcionário da companhia informática Infosys que trabalhava há quatro anos na capital belga, uma cidade onde as instituições da União Europeia e da Otan têm sua sede.

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