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Bélgica congela bens de suspeito de ataques a Paris e Bruxelas

Osama Ahmad Atar teria sido identificado pelos serviços antiterroristas belgas como o suposto coordenador dos atentados

Atentados: a polícia realizou várias investigações nos entornos de Atar durante os últimos meses (Reuters)
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EFE

Publicado em 10 de novembro de 2016 às 14h01.

Bruxelas - O governo da Bélgica congelou as contas e bens do suposto cérebro dos ataques terroristas de Paris e Bruxelas, Osama Ahmad Atar, e de outros 14 suspeitos de fornecer recursos para os ataques do dia 22 de março em Bruxelas.

Um decreto publicado na quarta-feira no Diário Oficial do país ordena o congelamento de todos os bens financeiros e imóveis, assim como outras propriedades dos indivíduos, informaram os jornais "Sudpresse" e "De Tijd".

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Conforme publicou o "Le Monde" nesta semana, Osama Ahmad Atar, conhecido como "Abu Ahmad", de 32 anos, teria sido identificado pelos serviços antiterroristas belgas como o suposto coordenador dos atentados há um ano em Paris e de março em Bruxelas.

Desde que se refugiou na Síria, Atar recrutou os dois iraquianos que detonaram os coletes de explosivos perto do Stade de France no dia 13 de novembro de 2015.

Atar é primo dos irmãos Khalid e Ibrahim El Bakraoui, os terroristas que se suicidaram em 22 de março no aeroporto bruxelense e na estação de metrô de Maelbeek. Segundo "Sudpresse", a polícia realizou várias investigações nos entornos de Atar durante os últimos meses.

Outros afetados pelo bloqueio de contas são Yassine Lachiri, conhecido do suposto líder dos ataques em Paris, Abdelhamid Abaud, e Anwar Haduchi, cuja conta bancária teria fornecido 3,8 mil euros a Mohammed Abrini, suposto integrante do comando terrorista que atentou no aeroporto de Bruxelas.

Também foram congelados os ativos de Bilal Buit, que teria vínculos com Najim Laachraoui, um dos terroristas suicidas do ataque no aeroporto da capital belga.

A possibilidade de congelar os bens de um indivíduo sem autorização judicial existe na Bélgica desde 2006, mas esta é a primeira vez que o governo a utiliza.

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