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Batasuna cria partido que rejeita violência do ETA

"A nova organização política não justifica nem ampara o uso da violência, sejam quem quer que a utilize", afirmou Etxeberria, dirigente histórico

Etxeberria, dirigente histórico do Batasuna: partido ficou ilegal por envolvimento com o ETA (Wikimedia Commons)

Etxeberria, dirigente histórico do Batasuna: partido ficou ilegal por envolvimento com o ETA (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2011 às 10h22.

Madri - O partido separatista basco Batasuna, considerado o braço político do ETA, apresentou nesta segunda-feira um novo partido, que rejeita pela primeira vez a violência do grupo armado separatista, com a esperança de disputar as eleições na Espanha.

"O novo partido rejeita a violência ou a ameaça de qualquer forma e se opõe ao uso da violência", afirmou Rufi Etxeberria, dirigente histórico do Batasuna, durante a apresentação de um novo movimiento político em Bilbao (norte da Espanha).

"A nova organização política não justifica nem ampara o uso da violência, sejam quem quer que a utilize", completou.

O Batasuna, proscrito desde 2003 pela justiça espanhola em consequência dos vínculos com o ETA, cujos atentados jamais condenou expressamente, espera assim voltar à legalidade e poder disputar as eleições locais de maio.

O ETA, considerado responsável pela morte de 829 pessoas em mais de 40 anos de violência para tentar obter a independência basca, anunciou em 10 de janeiro uma trégua "permanente".

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