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Barroso: metas de déficit são 'indispensáveis' para Portugal

Plano rejeitado pela oposição portuguesa pretendia reduzir déficit para 2% do PIB até 2013

Barroso, presidente da Comissão Europeia: dificuldades devem ser respeitadas (Junko Kimura/Getty Images)

Barroso, presidente da Comissão Europeia: dificuldades devem ser respeitadas (Junko Kimura/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2011 às 12h35.

Bruxelas - O presidente da Comissão Europeia, o português José Manuel Barroso, defendeu nesta quinta-feira que é "indispensável" para seu país cumprir as metas de redução do déficit para recuperar a confiança na economia.

"Os objetivos de consolidação fiscal e reformas estruturais que a cúpula europeia apoiou são indispensáveis para a confiança da economia", declarou o presidente do Executivo comunitário em Bruxelas.

O Parlamento português rejeitou nesta quarta-feira o novo pacote de medidas proposto pelo Executivo para alcançar os objetivos de consolidação fiscal e reformas, o que levou o primeiro-ministro do país, o socialista José Sócrates, a apresentar sua renúncia, o que reacendeu os rumores sobre um possível resgate.

O plano pretendia reduzir o déficit para 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011; para 3% em 2012 e 2% em 2013.

"É importante para a confiança da economia portuguesa que o consenso que acho que existe em Portugal sobre a necessidade de alcançar a consolidação fiscal e as reformas estruturais se reafirme claramente", considerou Barroso, em entrevista coletiva concedida antes do início da cúpula de líderes da União Europeia, em Bruxelas.

Em todo caso, Barroso afirmou que, apesar das dificuldades que seu país vive, é necessário "respeitá-las" e dar "tempo" às autoridades portuguesas e demais forças políticas para que resolvam a questão "democraticamente".

"Acho que é possível resolver estes problemas", acrescentou.

Ao ser questionado sobre se os eventos em Portugal mudarão o roteiro previsto para a cúpula, Barroso explicou que corresponderá ao primeiro-ministro português "apresentar" ao resto de seus parceiros "uma análise da situação" e disse confiar que a notícia "não mudará a linha das orientações que foram tomadas".

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