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Barcelona volta a colocar 4 milhões de pessoas em quarentena

A Catalunha registrou na sexta 1.111 novos casos de covid-19, sendo que 884 deles foram em Barcelona, principal polo turístico da Espanha

Barcelona: entre as medidas adotadas estão a proibição de reuniões com mais de dez pessoas (Basílica Sagrada Família/Facebook/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de julho de 2020 às 10h57.

Barcelona retomou nesta sexta (17) o isolamento social. A cidade, que havia flexibilizado as medidas restritivas de confinamento, teve de dar um passo atrás após registrar um aumento considerável no número de casos de coronavírus . Autoridades catalãs pediram aos moradores que fiquem em casa e só saiam se for imprescindível.

A recomendação foi feita a quase 4 milhões de pessoas da capital da Catalunha e das regiões periféricas. A região registrou ontem 1.111 novos casos de covid-19 em 24 horas e, na quinta-feira, 1.300 - 884 deles em Barcelona, principal polo turístico da Espanha.

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"Estamos obrigados a dar um passo atrás para não ter de voltar ao confinamento total nas próximas semanas", declarou Meritxell Budó, porta-voz do governo catalão. Ele também pediu para as pessoas não viajarem para suas casas na praia, em meio à temporada de verão. "O importante é evitar socializar para não termos de proibir tudo", afirmou a secretária de Saúde, Alba Vergès.

Entre as medidas adotadas estão a proibição de reuniões com mais de dez pessoas, a redução da capacidade de bares e restaurantes em 50% e o fechamento de espaços de lazer, como teatros, cinemas e instalações esportivas. Também é obrigatório o uso de máscara, sob pena de multa. As medidas devem durar, inicialmente, duas semanas.

A Espanha tinha posto fim a regras severas de isolamento social depois de ter reduzido o número de casos da doença. No entanto, menos de um mês depois de flexibilizar o confinamento, o país voltou a observar uma aceleração dos casos. As regiões mais preocupantes atualmente são Catalunha e Aragão.

O ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, disse que, ao todo, ainda há 158 focos de covid-19 ativos, a maioria em uma "situação controlada". A Espanha é um dos países europeus mais afetados pela pandemia, com mais de 28,4 mil mortos notificados oficialmente e mais de 250 mil casos de contágio.

Europa

Diante do aumento do número de casos do novo coronavírus e da eventual ameaça de uma segunda onda da pandemia, autoridades de vários países europeus fortaleceram ontem suas medidas contra a covid-19. Governos determinaram a retomada do confinamento e, em algumas regiões, houve decretos para o uso obrigatório de máscaras.

Na região de Lisboa, em Portugal, desde o dia 1º, foi imposto um novo confinamento a 700 mil habitantes em cerca de 20 bairros. Essas medidas serão mantidas até o fim do mês.

O uso de máscaras voltará a ser obrigatório em todas as lojas do Reino Unido a partir do dia 24, apesar de o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, incentivar a população a retomar a utilização dos transportes públicos e a voltar aos locais de trabalho a partir de 1º de agosto.

O governo britânico previa abrir completamente os tradicionais pubs do país na segunda-feira, mas adiou a última etapa do relaxamento até o dia 10 de agosto, em razão do aumento dos novos casos.

A Alemanha atingiu ontem a marca de 200 mil infectados pelo novo coronavírus e diariamente registra centenas de novos casos. O governo alemão e os Estados acertaram uma estratégia que tenta ser mais precisa e focada em nível local. Ela passa primeiro por identificar onde se originou o novo surto e contê-lo por meio do rastreamento dos contatos e a realização de testes - antes de recorrer à retomada das restrições.

Recentemente, a União Europeia reabriu suas fronteiras internas, mas proibiu a entrada em seu território de pessoas procedentes dos EUA, de países africanos, da América do Sul, entre eles o Brasil, da maioria dos países asiáticos e de alguns europeus, entre eles a Rússia, usando como argumento o descontrole da pandemia. A lista dos países barrados será revista a cada 15 dias. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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