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Bangladesh e Mianmar combinam repatriação de rohingyas para novembro

Mais de 700 mil muçulmanos rohingyas deixaram a costa oeste de Mianmar e foram para Bangladesh em agosto do ano passado

Rohingyas: depois confronto com as forças de segurança de Mianmar desencadearam uma ampla reação militar (Ziaul Haque Oisharjh/SOPA Images/Getty Images)

Rohingyas: depois confronto com as forças de segurança de Mianmar desencadearam uma ampla reação militar (Ziaul Haque Oisharjh/SOPA Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 30 de outubro de 2018 às 16h49.

Daca - Bangladesh e Mianmar concordaram nesta terça-feira em iniciar até novembro a repatriação de centenas de milhares de muçulmanos rohingyas que foram para Bangladesh fugindo de uma repressão do Exército de Mianmar, mas as dúvidas a respeito de um retorno rápido devem persistir.

Mais de 700 mil refugiados rohingyas cruzaram do oeste de Mianmar, país majoritariamente budista, para Bangladesh em agosto do ano passado depois que ataques de insurgentes rohingyas contra forças de segurança de Mianmar desencadearam uma ampla reação militar.

"Esperamos começar a repatriação em meados de novembro", disse o secretário das Relações Exteriores de Bangladesh, Shahidul Haque, aos repórteres em Daca depois de uma reunião com uma delegação liderada por Myint Thu, autoridade de alto escalão da chancelaria de Mianmar.

Myint Thu louvou o que classificou como um "resultado muito concreto do início da repatriação".

"Adotamos uma série de medidas para que aqueles que retornarão tenham um ambiente seguro para seu retorno", disse ele aos repórteres.

Mas a agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que as condições no Estado de Rakhine "ainda não contribuem para o retorno", enfatizando que este precisa ser voluntário. As salvaguardas necessárias estão "ausentes" da região, à qual a agência só teve acesso militado devido às restrições persistentes para a mídia e outros observadores independentes, disse a entidade.

"É essencial que o retorno não seja apressado ou prematuro", disse o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Andrej Mahecic, à Reuters em Genebra. "Não aconselharíamos impor qualquer cronograma ou metas numéricas para a repatriação".

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