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Bancos dos EUA encerram contas de embaixadas estrangeiras

Funcionário do Departamento de Estado tenta apaziguar ânimos dos países membros da ONU

Sede do JP Morgan: os bancos não informaram as razões do fechamento das contas (Don Emmert/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2011 às 09h15.

Nova York - Bancos americanos resolveram encerrar as contas das embaixadas estrangeiras acreditadas nos Estados Unidos, o que levou um funcionário do alto escalão do Departamento de Estado a tentar apaziguar os ânimos dos países membros das Nações Unidas.

Nenhum banco informou publicamente as razões da medida, mas os diplomatas estimam que a causa seja o custo envolvido no rastreamento da origem dos fundos que chegam aos Estados Unidos, como parte dos controles contra atividades terroristas.

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O banco JP Morgan Chase enviou uma carta aos embaixadores acreditados nos Estados Unidos no dia 30 de setembro para notificá-los do fechamento das contas diplomáticas em 31 de março.

Nesta quinta-feira, o subsecretário do departamento de Estado, Patrick Kenneddy, reuniu-se com representantes de 150 países na sede da ONU para responder às inquietações em torno da decisão.

Kennedy afirmou ao Washington Post que o departamento de Estado está tentando persuadir os bancos a revisar sua decisão de fechar as contas e de convencer outras entidades a recebê-las.

Os membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, como França e China, receberam instruções para buscar um novo banco. As grandes potências acreditam que encontrarão novos bancos, mas vários países africanos já enfrentam problemas, disseram diplomatas. Através destas contas, são pagas as faturas e os salários.

JP Morgan Chase, que tem um grande número de clientes diplomáticos, é atualmente o único banco que anunciou o fechamento de todas as contas das representações diplomáticas.

Mas o Bank of America fechou cinco contas da embaixada de Angola e vários outros bancos anunciaram às autoridades americanas sua intenção de encerrar todas as suas operações com as embaixadas, segundo o Washington Post.

Robert Rowe, vice-presidente da Associação de Banqueiros dos Estados Unidos, considerou que o problema se origina nas exigências de Washington em torno da corrupção e de outros crimes.

"As exigências dos inspetores (do governo) são particularmente altas", sobretudo em relação ao dinheiro que chega aos Estados Unidos, disse Rowe à AFP.

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