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Banco Mundial, BID e BM&FBovespa discutem mercado de carbono em SP

Especialistas debatem responsabilidade empresarial e oportunidades de mercado

Especialistas e setor empresarial discutem mudanças climáticas e oportunidades de mercado em SP. (Vanessa Barbosa/EXAME.com)

Vanessa Barbosa

Publicado em 3 de novembro de 2010 às 14h21.

São Paulo - No mundo dos negócios, responsabilidade social é um "radar" de alta resolução. A afirmação é do especialista em gerenciamento de crise Paul Rémy, que participou nesta quarta-feira de um encontro, em SP, promovido pelo BM&FBovespa.

Muito mais que ações práticas de filantropia, as ações de responsabilidade social, diz o especialista, englobam a preocupação e o compromisso com os impactos causados pelas organizações privadas e públicas aos consumidores, aos trabalhadores e também ao meio ambiente.

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Levando em conta os cenários de alterações climáticas e pressão social por ações ambientais, não há empresa totalmente imune à crises atualmente. Segundo Rémy, a "reputação" é o motivo número um pelo qual grande parte das empresas adota iniciativas verdes em seus negócios. "Por isso, projetos de responsabilidade social são uma ferramenta forte para lidar com gestão de risco, mas deve ser implementada desde cedo".

Rémy é o secretário técnico à frente da ISO 26000, norma de responsabilidade social lançada no início da semana pela International Standard Organization (ISO). "Fruto de uma iniciativa planetária que envolveu dezenas de países, a norma representa um marco importante para o desenvolvimento sustentável", disse Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos e mediador do debate.

. Oportunidades de mercado
Para a especialista-chefe em mudanças climáticas do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID),

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Maria Netto, este é o momento de o Brasil descobrir oportunidades nacionais e internacionais para "promover o mercado de carbono de uma maneira que seja interessante para as empresas e países da América do Sul".

E não faltam oportunidades. Um dos setores mais á frente em iniciativas de "verdes" é o de energia. O consumo energético de uma empresa tem relação direta com suas emissões de CO2. "Quem reduz a conta elétrica consegue diminuir gastos e impactos sobre o meio ambiente", afirma Enrique Gomez Junco, da mexicana Optima Energia. "Muitos clientes acham que iniciativas de sustentabilidade implicam aumento de gastos. Mas a realidade é que é possível ser sustentável e ganhar dinheiro com isso", disse.

No México, o HSBC conseguiu reduzir o seu consumo energético em 8%, e o de água em 11%, chegando a uma redução de 6% nas emissões de CO2. O empresário também citou o exemplo da Pepsico México, que deixou de consumir 37mil MW. Em parceria com o governo daquele país, a Optima Energia vem desenvolvendo um projeto de economia energética (até 50%) para ser implantado em todas as cidades.

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